A redução da vantagem de 14 para 4 pontos sobre a ministra Dilma Rousseff (PT), registrada pelo último Datafolha, reforça a pressão do PSDB sobre o governador José Serra para que manifeste o quanto antes sua candidatura à Presidência. Os números amplificam o assédio ao governador de Minas, Aécio Neves, para que aceite ocupar a vice de Serra, mas estimulam um plano B saído do Nordeste -o senador Tasso Jereissati (CE)- para a chapa. Para os tucanos, Tasso é alternativa adequada a Aécio. Vendo em Serra sua única chance de vitória, o comando do PSDB espera que o governador avise logo que é candidato.
No sábado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a escolha de Tasso atrairia votos no Nordeste -onde Dilma, que tinha 3 pontos de vantagem em dezembro, agora tem 14- e neutralizaria os ataques de Ciro Gomes. O vice-governador Alberto Goldman chamou de "heroico" o desempenho de Serra, enfatizando que o levantamento ocorreu depois do lançamento da candidatura de Dilma.
"É surpreendente, é heroico que Serra tenha mais de 30% depois da exposição de Dilma." O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), se vale do mesmo argumento. "Serra não tem campanha nem a exposição de Dilma. Foi o tempo deles. Haverá o nosso." (Folha de S.Paulo)
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