sexta-feira, 5 de março de 2010

Partido quer evitar constrangimento a Dilma

O diretório nacional do PT vai aprovar hoje uma resolução política recomendando às seções estaduais do partido que evitem prévias para a escolha de candidatos aos governos e ao Senado. A ideia era proibir com todas as letras as prévias, sob o argumento de que uma guerra interna entre petistas pode respingar na campanha presidencial da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. A tendência, porém, é adotar agora uma solução de meio termo, sem vetar a prévia no papel, mas agindo nos bastidores para desidratá-la.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu à cúpula do PT que atuará para impedir uma disputa fratricida entre pré-candidatos petistas ao Senado no Rio de Janeiro, em Pernambuco e no Mato Grosso. Na tentativa de evitar embaraços, o diretório nacional do PT prega acordo entre os pré-candidatos nos encontros estaduais.
“Eu não acho que as prévias possam causar constrangimentos à campanha da ministra Dilma. Isso é excesso de zelo”, afirmou o secretário das Cidades do Governo de Pernambuco, Humberto Costa. “Mas, de fato, o PT precisa saber lidar com esse instrumento, que, infelizmente, acabou se transformando em instrumento de guerra”, emendou ele. Costa admite a possibilidade de enfrentar o ex-prefeito do Recife João Paulo, que também deseja concorrer ao Senado.
No Mato Grosso, o duelo pode ocorrer entre a senadora Serys Slhessarenko, candidata à reeleição, e o deputado Carlos Abicalil. Em São Paulo, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) também não abre mão de disputar prévia para o governo paulista, mesmo se o PT não tiver chapa própria. Até agora, o partido está refém do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), que pretende concorrer à sucessão de Lula, mas, a pedido do presidente, pode ser candidato ao Palácio dos Bandeirantes

Folha de Pernambuco

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