sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Prédio da ONU e hospital atacados


EXPLOSÕES atingiram cinco prédios de apartamento

Também ontem, Israel matou o ministro do Interior do Hamas, Said Siam

Testemunhas e funcionários das Nações Unidas afirmaram que disparos de tanques israelenses atingiram um complexo da Organização das Nações Unidas (ONU) na Faixa de Gaza, ontem. O local vinha sendo usado como abrigo por centenas de pessoas que fugiam da ofensiva israelense em Gaza. Israel também atirou contra um hospital da Faixa de Gaza, o Al Quds, colocando em risco as vidas de mais de cem feridos e dos médicos que estavam no local.
Os militares israelenses dizem que investigam o incidente. Também ontem, Israel matou o ministro do Interior do Hamas na Faixa de Gaza, Said Siam. Junto ao ministro estavam seu filho e seu irmão, todos mortos no bombardeio ao prédio. Disparos também atingiram cinco prédios de apartamento e um veículo de imprensa na Cidade de Gaza, ferindo vários jornalistas.
Um porta-voz da ONU disse que pelo menos três pessoas foram feridas no ataque ao complexo da ONU. Houve um incêndio no local e foram destruídos milhares de quilos de alimentos da ajuda humanitária destinados inicialmente aos refugiados palestinos.
Entre o dia 27 de dezembro e ontem, já foram mortos mais de 1.100 civis palestinos, a metade civis, informaram a ONU e autoridades dos serviços médicos palestinos na Faixa de Gaza. Treze israelenses foram mortos.
No complexo atacado está a sede da agência da ONU para refugiados palestinos, outros escritórios e uma escola. O porta-voz diz que há grandes quantidades de suprimentos humanitários, além de caminhões que transportam combustível, que poderiam ser destruídos. Funcionários da ONU lutavam contra as chamas para salvar alimentos.
O ataque ocorre enquanto o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, está em Israel para promover um cessar-fogo. O Exército israelense não havia comentado o caso. Em Jerusalém, Ban protestou contra o ataque e se disse “indignado”. Segundo o secretário-geral, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse que ocorreu um “grave erro”.
Porém o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse também que primeiro militantes atacaram a partir do complexo da ONU e só então os militares israelenses reagiram.


Folha de Pernambuco

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