segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Brasil ajudará operação para soltar reféns das Farc


O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou ontem que o Exército Brasileiro vai participar da operação de libertação de seis reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). De acordo com Jobim, o Exército forneceria apoio logístico para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que encaminha as negociações para a libertação dos sequestrados. Entre os equipamentos brasileiros que poderão ser deslocados para o país vizinho estariam helicópteros e material de comunicação, além de dados geográficos da região.
"O Brasil prestará auxílio à Cruz Vermelha Internacional. Nós já colocamos o Exército brasileiro ao auxílio disso tudo, aos entendimentos necessários para que o Brasil possa colaborar", disse Jobim, segundo a assessoria de imprensa da Defesa. Segundo Jobim, a data da operação não será anunciada, por motivos de segurança. "Vocês só ficarão sabendo depois das operações terem sido realizadas", disse.
O Brasil foi escolhido pela Cruz Vermelha por sua proximidade geográfica e pelas facilidades logísticas. A participação também foi aprovada pelo governo da Colômbia.
Serão soltos um soldado, três policiais, o ex-governador do departamento de Meta Alan Jara, capturado em 2001, e o ex-deputado Sigifredo López. Se concretizada a soltura dos seis reféns, as Farc terão ainda em seu poder 22 militares "trocáveis" por rebeldes, e mais centenas de reféns civis.
Na semana passada, reportagem do jornal colombiano "El Tiempo" dizia que a guerrilha já tinha movimentado os sequestrados na busca de espaços com condições que permitam a aproximação dos helicópteros.
No ano passado, uma operação do Exército colombiano libertou a ex-senadora Ingrid Betancourt, sequestrada em 2001. Segundo relatos de Ingrid, seu cativeiro era próximo da fronteira com o Brasil. Na época, depois de receber informes da Inteligência colombiana, o Exército brasileiro fez operações de buscas na fronteira, mas não encontrou registros de acampamentos das Farcs no Brasil.


Tribuna da Imprensa

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