Especialistas avisam que Pernambuco pode ter temporais como Santa Catarina
Pernambuco corre o risco de sofrer com as enchentes provocadas pelas chuvas da mesma forma como ocorreu com o estado de Santa Catarina, caso os gestores públicos não tomem providências. A afirmação foi feita, ontem, durante uma reunião do Clube de Engenharia de Pernambuco. “Se não chovesse não haveria problema, mas o Estado não tem condições de receber um maior volume de chuvas, como tem previsto a meteorologia. O objetivo é alertar as autoridades e cobrar providências agora, antes que aconteça alguma tragédia. As pessoas podem dormir com casa e acordar sem casa”, destacou o presidente do Clube de Engenharia, Alexandre Santos.
O especialista em Recursos Hídricos e Hidrologia, Paulo Dutra, palestrante do evento, fez um comparativo entre o Recife e a cidade de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. “Você não pode evitar que uma enchente ocorra, mas pode diminuir os danos que ela pode causar, preparando-se para isso. O risco de romper uma barragem é bem maior do que o de um acidente nuclear e, todos os meses, é feita uma simulação de um acidente nuclear em Angra. Recife é muito vulnerável a enchentes e também deveria ter um setor de alerta”, sugeriu. O especialista ainda citou Waldemar de Oliveira para destacar o perigo das enchentes na cidade, que é construída sob região de mangue: “No Recife, o que não é água, já foi água ou lembra água”.
Para Paulo Dutra, as inundações da área urbana são resultados da urbanização, que veio junto com uma série de problemas estruturais. “O perigo da falta de gestão é você não saber o que vai acontecer em 30 anos. Eu diria que o importante não seria um diagnóstico, mas sim um prognóstico, que diz como vai progredir uma doença. Os gestores têm que estudar a cidade e elaborar um plano diretor bem feito”, salientou.
O gerente geral de Recursos Hídricos do Governo do Estado, Marcelo Asfora, destacou que o governo está desenvolvendo um plano de contingência e debatendo o assunto junto a especialistas e representantes da sociedade. “Para se preparar estruturalmente para o evento natural tem que haver a colaboração de todos. Desenvolvemos obras de melhorias, mas as pessoas não querem abrir mão de morar em um bairro nobre ou ter uma vista para o mar. É a questão da educação ambiental que às vezes esbarra na educação básica. O problema não é simples, mas nem por isso ficaremos de mãos atadas”, garantiu Marcelo Asfora, destacando a importância da gestão participativa para solucionar o problema.
O gerente geral de Recursos Hídricos destacou, ainda, que o Governo do Estado tem trabalhado pela universalização do saneamento de água e esgoto, além do serviço básico. “É um impacto muito grande e que será visto apenas em seis anos. Não dá para pensar em governo, tem que pensar no Estado. É isso que tem sido feito”, disse. A participação popular foi representada pela presidente da Associação dos Moradores do Pina, Cristina Henriques.
O presidente do Clube de Engenharia afirmou que será elaborado um documento com os pontos discutidos durante a reunião. “Depois vamos enviar o documento com a conclusão do debate para o Governo do Estado e prefeituras”, afirmou, acrescentando que o próximo passo será a discussão sobre a estética da cidade. “Como arquitetos e engenheiros vamos estudar e sugerir uma infraestrutura de drenagem que garanta o escoamento desta água”, disse Alexandre Santos.
Folha de Pernambuco
O especialista em Recursos Hídricos e Hidrologia, Paulo Dutra, palestrante do evento, fez um comparativo entre o Recife e a cidade de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. “Você não pode evitar que uma enchente ocorra, mas pode diminuir os danos que ela pode causar, preparando-se para isso. O risco de romper uma barragem é bem maior do que o de um acidente nuclear e, todos os meses, é feita uma simulação de um acidente nuclear em Angra. Recife é muito vulnerável a enchentes e também deveria ter um setor de alerta”, sugeriu. O especialista ainda citou Waldemar de Oliveira para destacar o perigo das enchentes na cidade, que é construída sob região de mangue: “No Recife, o que não é água, já foi água ou lembra água”.
Para Paulo Dutra, as inundações da área urbana são resultados da urbanização, que veio junto com uma série de problemas estruturais. “O perigo da falta de gestão é você não saber o que vai acontecer em 30 anos. Eu diria que o importante não seria um diagnóstico, mas sim um prognóstico, que diz como vai progredir uma doença. Os gestores têm que estudar a cidade e elaborar um plano diretor bem feito”, salientou.
O gerente geral de Recursos Hídricos do Governo do Estado, Marcelo Asfora, destacou que o governo está desenvolvendo um plano de contingência e debatendo o assunto junto a especialistas e representantes da sociedade. “Para se preparar estruturalmente para o evento natural tem que haver a colaboração de todos. Desenvolvemos obras de melhorias, mas as pessoas não querem abrir mão de morar em um bairro nobre ou ter uma vista para o mar. É a questão da educação ambiental que às vezes esbarra na educação básica. O problema não é simples, mas nem por isso ficaremos de mãos atadas”, garantiu Marcelo Asfora, destacando a importância da gestão participativa para solucionar o problema.
O gerente geral de Recursos Hídricos destacou, ainda, que o Governo do Estado tem trabalhado pela universalização do saneamento de água e esgoto, além do serviço básico. “É um impacto muito grande e que será visto apenas em seis anos. Não dá para pensar em governo, tem que pensar no Estado. É isso que tem sido feito”, disse. A participação popular foi representada pela presidente da Associação dos Moradores do Pina, Cristina Henriques.
O presidente do Clube de Engenharia afirmou que será elaborado um documento com os pontos discutidos durante a reunião. “Depois vamos enviar o documento com a conclusão do debate para o Governo do Estado e prefeituras”, afirmou, acrescentando que o próximo passo será a discussão sobre a estética da cidade. “Como arquitetos e engenheiros vamos estudar e sugerir uma infraestrutura de drenagem que garanta o escoamento desta água”, disse Alexandre Santos.
Folha de Pernambuco
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