terça-feira, 27 de janeiro de 2009

PF participa de investigação


Dois agentes foram designados para apurar morte de Manoel Mattos

A Polícia Federal já está atuando na investigação que apura o assassinato do ex-vereador e segundo vice-presidente estadual do PT, Manoel Bezerra de Mattos Neto, que ocorreu no final da noite de sábado, no estado da Paraíba. O ministro da Justiça, Tarso Genro, informou que solicitou a participação de agentes e dois deles haviam sido enviados para auxiliar os policiais civis paraibanos e de Pernambuco.
O deputado Fernado Ferro (PT) esteve ontem, na sede da PF, no Recife, para requerer a federalização do caso, sob o argumento de que o crime aconteceu em uma região de fronteira e os federais têm livre trânsito em todo o País. Na conversa com o superintendente Santiago Amaral Fernandes, o parlamentar foi informado sobre a decisão do ministro. Ferro pretende falar com Tarso Genro, hoje, pedindo um requerimento oficial da federalização.
Além disso, o governador Eduardo Campos (PSB) falou com o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), e disponibilizou o auxílio da Polícia Civil pernambucana. O caso já conta com quatro delegados, sendo dois da Polícia Civil, um de Pernambuco e um da Paraíba, e dois da PF. As polícias têm trabalhado em sistema de cooperação, mas a investigação é, oficialmente, conduzida pelo delegado de entorpecentes da Paraíba.
Em Pernambuco, uma sub-comissão especial foi anunciada, ontem, pelo presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, Raul Jungmann (PPS), depois de audiência com o secretário estadual de Defesa Social, Servilho Paiva. O grupo é formado pelos deputados Paulo Rubem Santiago (PDT) e Gonzaga Patriota (PSB), e ainda contará com Fernando Ferro, de quem Manoel Mattos era assessor.
DIREITOS HUMANOSOutra reunião ocorreu entre Ferro, o Secretário Executivo de Justiça e Direitos Humanos, Rodrigo Pellegrini, a deputada estadual Teresa Leitão (PT) e representantes de entidades civis. O grupo alegará crime contra um defensor dos direitos humanos para pedir a federalização do caso. “Temos que prezar muito pela segurança de nossas testemunhas, já que várias têm sido mortas. Esse assassinato é um recado”, explica o pastor Manoel Moraes, representante pernambucano do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH).
No encontro, ainda foi afirmado que a promotora Rosemary Souto Maior de Almeida, de Itambé, cidade onde a vítima nasceu e morava, está apreensiva pela sua vida. Há suspeitas de que entidades municipais e policiais estejam envolvidas no crime. “Os procedimentos eram de um militar, a abordagem, como foi engatilhado, a situação, era tratamento de militar”, afirmou Ferro. O grupo tem uma nova reunião, hoje, no final da tarde, com o Servilho Paiva, e pretende marcar audiência, ainda nesta semana, com os governadores de Pernambuco e da Paraíba.



Folha de Pernambuco

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