Vitória do PMDB na Câmara poderia enfraquecer a ala cujo líder é Sarney
A reviravolta na disputa pela presidência do Senado - com o ingresso do senador José Sarney (PMDB-AP) - provocou reflexos por todos os lados. Pelos corredores da Câmara e do Senado, no entanto, a avaliação é de que a velha disputa interna entre o PMDB da Câmara e os peemedebistas do Senado voltou à tona. Caciques do partido reconhecem nos bastidores que a movimentação do grupo ligado a Sarney foi uma ofensiva contra os peemedebistas de Michel Temer (SP), apontado como favorito na corrida pelo cargo máximo entre os deputados.
O receio seria que, com a eleição de Temer, os peemedebistas da Câmara saíssem fortalecidos, com o canal exclusivo de negociação com o Palácio do Planalto e consequentemente deixando o PMDB do Senado enfraquecido para as articulações da sucessão presidencial de 2010. Atualmente, o PMDB se tornou a principal cobiça de governistas e oposicionistas para a composição da futura chapa que vai concorrer para substituir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A movimentação do grupo de Sarney para enfraquecer Temer pode ser derrubada, no entanto, pelos próprios petistas. Alertados da movimentação do PMDB do Senado e especialmente dos efeitos da vitória de Sarney para o Senado, lideranças petistas decidiram insistir no apoio a Temer para presidir a Câmara. Em uma reunião, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), a líder do partido no Senado, Ideli Salvatti (SC), e o senador Tião Viana (AC), adversário de Sarney na corrida, avaliaram que promover uma retaliação a Temer seria um gesto político de risco para os dois últimos anos de mandato do presidente Lula.
A preocupação petista estaria no poder que seria automaticamente repassado ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Novo líder da bancada do PMDB, Renan é o principal articulador da campanha de Sarney. Ao lado do ministro da Justiça, Nelson Jobim, o ex-presidente do Senado é o responsável pela candidatura de Sarnney.
Renan teria convencido o ex-presidente da República a participar da batalha com o argumento de que na presidência do Senado, Sarney conseguiria retomar o poder no Maranhão. Afastado nos últimos anos do comando da cidade, após mais de cinco décadas de protagonismo na política local, a retomada do poder no Senado daria prestígio e auxiliaria seu clã a voltar ao poder regional.
O receio seria que, com a eleição de Temer, os peemedebistas da Câmara saíssem fortalecidos, com o canal exclusivo de negociação com o Palácio do Planalto e consequentemente deixando o PMDB do Senado enfraquecido para as articulações da sucessão presidencial de 2010. Atualmente, o PMDB se tornou a principal cobiça de governistas e oposicionistas para a composição da futura chapa que vai concorrer para substituir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A movimentação do grupo de Sarney para enfraquecer Temer pode ser derrubada, no entanto, pelos próprios petistas. Alertados da movimentação do PMDB do Senado e especialmente dos efeitos da vitória de Sarney para o Senado, lideranças petistas decidiram insistir no apoio a Temer para presidir a Câmara. Em uma reunião, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), a líder do partido no Senado, Ideli Salvatti (SC), e o senador Tião Viana (AC), adversário de Sarney na corrida, avaliaram que promover uma retaliação a Temer seria um gesto político de risco para os dois últimos anos de mandato do presidente Lula.
A preocupação petista estaria no poder que seria automaticamente repassado ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Novo líder da bancada do PMDB, Renan é o principal articulador da campanha de Sarney. Ao lado do ministro da Justiça, Nelson Jobim, o ex-presidente do Senado é o responsável pela candidatura de Sarnney.
Renan teria convencido o ex-presidente da República a participar da batalha com o argumento de que na presidência do Senado, Sarney conseguiria retomar o poder no Maranhão. Afastado nos últimos anos do comando da cidade, após mais de cinco décadas de protagonismo na política local, a retomada do poder no Senado daria prestígio e auxiliaria seu clã a voltar ao poder regional.
Folha de Pernambuco
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