sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Governador diz que agressão praticada por segurança do prefeito foi ato isolado


O governador Jaques Wagner (PT) lamentou o incidente envolvendo seguranças do prefeito João Henrique (PMDB), por meio de sua assessoria de imprensa. Disse que se tratou de um ato isolado em meio a um clima de tranquilidade e que tomou todos os tipos de providência para evitar fatos como este.
João Henrique atribuiu aos partidos derrotados nas eleições do ano passado a tentativa de “promover a baderna”, responsabilizando-os pela confusão. A assessoria do governo disse que o governo Wagner não veste a carapuça, apesar de ser partidário do PT, legenda derrotada pelo PMDB na eleição da capital.

O governador iniciou o cortejo atrás das baianas, por volta das 9h15, depois de chegar de carro ao local. Ele preferiu não participar do ato ecumênico realizado mais cedo, na Igreja da Conceição, assim como ocorreu no ano passado. O prefeito João Henrique estava no ato, assim como outras autoridades, mas, de acordo com a assessoria do governador, a ausência dele não tem nenhuma relação com a presença do prefeito, que preferiu sair da base de apoio a Wagner depois das eleições municipais.

Tranquilidade – Ao contrário do que se viu no momento de despedida do prefeito, a caminhada de quatro horas do governador, entre a Igreja da Conceição da Praia e a do Bonfim, foi tranquila. Sempre ao lado da primeira-dama, Fátima Mendonça, o governador aproveitou a lavagem para reforçar o pedido de paz na Faixa de Gaza e a criação do Estado Palestino. Ele não esmoreceu um minuto sequer e foi saudado com palmas na Colina Sagrada. “Todo mundo está aqui caminhando por seu Deus, por sua fé, e a primeira paz que devemos pedir é a do Oriente Médio, para que israelenses e palestinos convivam em harmonia, com o Estado da Palestina e o de Israel coexistindo”, disse Wagner, que é judeu. No adro da Igreja do Bonfim, Wagner recebeu a bênção de várias baianas, rezou parte da oração do Pai-Nosso e distribuiu abraços e desejos de boa sorte para amigos quando tocava o Hino do Senhor do Bonfim. Do lado de fora, ao lado da igreja, o coordenador do Comando de Operações Especiais (COE), Jardel Peres, prendeu um homem que, segundo ele, roubou uma corrente de ouro de uma mulher. A movimentação assustou as pessoas que estavam no local, pois o homem reagiu à prisão ordenada pelos policiais que estavam sem farda. Nada, porém, foi percebido por quem estava perto do governador.Quando o assunto foi política, Wagner mostrou relativa irritação ao ser questionado por uma repórter sobre a conjuntura baiana para as eleições e a possibilidade de se confrontar com o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB). “Eu não vou ficar refém dessa pauta política, será que não tem outro assunto para se discutir? 2010 está muito longe e temos uma crise para enfrentar”, afirmou.


A Tarde

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