quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Eduardo critica médicos do SUS

Governador diz que profissionais não dão o atendimento devido à população

DESABAFO de Campos foi durante encontro com prefeitos da Zona da Mata



Ao encerrar, ontem, o Seminário Governo de Pernambuco e Prefeitos Eleitos, o governador Eduardo Campos (PSB) comentou a situação da Saúde Pública do Estado e não poupou críticas à postura adotada por alguns médicos que atendem pelo Sistema Unico de Saúde (SUS). Durante sua fala aos prefeitos eleitos e reeleitos das Matas Norte e Sul, no Palácio do Campo das Princesas, o socialista afirmou que muitos desses profissionais não prestam serviço da maneira devida à população que busca atendimento.
“Vamos falar o português claro, já que todo mundo aqui sabe muito bem como funciona. Quando ficam dois médicos de plantão, um dorme enquanto o outro atende”, disparou Campos, para despois completar: “E tem uns que dão atendimento com o celular do lado porque sabem que tem um colega que vai ligar dizendo que tem uma cirurgia cardíaca, que vai render mais horas e ele vai ganhar mais. E ele (médico) acaba deixando de atender a um paciente que já estava atendendo”, concluiu o governador.
Para inibir práticas como estas, Eduardo Campos apontou “a criação e a aplicação com eficiência “de uma Lei de Produtividade no Serviço Público. Assim, segundo o socialista, os servidores teriam uma motivação a mais para a execução de suas atribuições. “Uma lei assim já foi criada pelo SUS, mas foi desmoralizada na época, porque um médico que fazia mais horas que outro, acabava ganhando o mesmo valor por produtividade. É preciso que seja pago pelo que se trabalha”, asseverou Campos.
Eduardo Campos adiantou que, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) - que serão inauguradas no próximo ano, o sistema de produtividade será implantado. “Os médicos que serão locados nessas unidades vão ganhar pelo que trabalharem. E, para eles, vai ser melhor do que se estivessem atendendo em suas clínicas (particulares). Lá, eles teriam que pagar o segurança, a secretárias e todos os outros gastos. Nas UPAs, o Estado vai prover tudo isso”, garantiu o governador.
Ainda na área da Saúde, Eduardo abordou com os prefeitos, durante os três encontros, o combate à dengue e a manutenção dos postos do Programa Saúde na Família. A ordem é que os prefeitos eleitos dêem prioridade, quando assumirem os mandatos.

Folha de Pernambuco

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