sábado, 20 de dezembro de 2008

João alerta equipe sobre a crise

Prefeito eleito do Recife diz que haverá dinheiro, mas momento é delicado


Os possíveis impactos que a crise econômica mundial pode provocar no Recife foi o principal assunto discutido, ontem, na reunião promovida pelo prefeito eleito João da Costa (PT) com sua futura equipe de governo. O sucessor do prefeito João Paulo (PT) afirmou, para o seu secretariado, que o momento é delicado e que necessita de uma atenção maior de cada gestor. Entretanto, garantiu ao seu time que os convênios e parcerias com o Governo Federal estão assegurados para 2009 e devem minimizar a maior parte dos efeitos negativos do mau momento financeiro.
“Tratamos de condições gerais e do impacto da crise. É um cenário diferente de cinco anos atrás. Mas temos a garantia de parcerias que trarão investimentos para o Recife, e os secretários têm experiências administrativas para lidar com o momento”, garantiu João da Costa. Ele, no entanto, preferiu não falar na quantidade de recursos que cada secretaria vai receber no próximo ano. Segundo o petista, esses valores só serão discutidos após a posse, em 1° de janeiro.
O prefeito eleito ainda apresentou uma agenda com as principais ações para 2009. “É uma agenda com atuações que propomos para cada secretaria, com o que esperamos de cada uma”, destacou. Na ocasião, Costa adiantou, a portas fechadas, como a Prefeitura procederá em festividades como o Carnaval e o São João.
O futuro secretário de Serviços Públicos, José Humberto Cavalcanti, assegurou que, apesar de boa parte da reunião ter sido destinada a falar dos efeitos da crise econômica, João da Costa conseguiu passar tranqüilidade aos membros de sua equipe. “Foi um encontro tranqüilo. Tratamos muito sobre a crise, mas o prefeito nos deu garantia de que vamos ter recursos para realizar nossas ações”, afirmou o representante do PTB no primeiro escalão.
RENOVAÇÃO
Uma das estratégias utilizadas pelo prefeito eleito João da Costa para enfrentar os impactos da crise econômica foi a renovação dos nomes do secretariado em relação à gestão atual: 11 ao todo. Para ele, o momento criou a necessidade de oxigenar as chefias das pastas. O petista entendeu que, após oito anos do Governo João Paulo, era preciso mudar em alguns pontos, para garantir o sucesso de sua administração . “A motivação daqueles que estão entrando ajuda. Uma equipe nova faz parte da estratégia de uma terceira gestão com o mesmo modelo político”, explicou.

Folha de Pernambuco

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