terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Wagner admite candidatura à reeleição


Em entrevista, concedida ontem na Governadoria, o governador Jaques Wagner (PT), em clima de recesso por conta das festas de final de ano, esclareceu alguns pontos considerados polêmicos, a começar pela relação entre a sua legenda e o PMDB, que desde a eleição municipal vem sofrendo uma sucessão de mal-estar. “O PMDB é um aliado importante. Estive, inclusive, com o ministro Geddel hoje (ontem) e, pelo que me consta, não há intenção de saída da base nem mesmo de candidatura própria para 2010. Mesmo assim, por enquanto, não me interessa a agenda da discussão política. Ainda é muito cedo. Tenho um bom relacionamento com Geddel e ele é um aliado confiável”, minimizou o governador, referindo-se ao ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, principal liderança do partido na Bahia, que reiteradas vezes deixou claro que o seu futuro político no que diz respeito às eleições de 2010 é incerto. Wagner, por sua vez, destacou que a tentativa de reeleição é uma tendência natural e que sua sobrevivência política só pode ser garantida pelo desempenho do governo. Por outro lado, o tom não foi tão amistoso quando questionado sobre a posição defendida pelo prefeito João Henrique de que o PMDB passe a atuar na oposição. Vale ressaltar que a declaração foi dada, após a assessoria de imprensa do governador, afirmar que Wagner seria oposição ao Legislativo municipal. “Não sabia que ele era líder do partido na Assembléia Legislativa. O prefeito agora fala o que quer”. Em relação a um possível rompimento com o prefeito João Henrique, segundo o petista, só se consolidará se o prefeito quiser. Segundo Wagner, a posição do PT na Câmara Municipal dependerá exclusivamente da postura do prefeito no sentido de querer ou não o partido na base. “Contudo, mesmo na hipótese de o PT ficar na oposição a João Henrique, será tratado com o mesmo respeito com que trato os prefeitos que não me apoiaram em 2006. Ou seja, o que for de interesse da cidade, trataremos. Se ele decidir ficar na oposição, trataremos como um prefeito de oposição, mas ainda está muito cedo, nem ocorreu a posse ainda”, disse o governador. Por fim, Wagner negou que vá promover uma reforma administrativa no governo. “Não tem isto de reforma administrativa marcada”, disse o governador, admitindo, no entanto, que a NDG, empresa especializada em consultoria administrativa, foi contratada pelo governo e que pode resultar na sugestão do enxugamento da máquina e, conseqüentemente, na redução de secretarias. O governador voltou a defender o trabalho do seu secretário de Relações Institucionais, Rui Costa, criticado pelo oposição e setores do governo. ”A condução política é uma tarefa difícil, mas que tem dado resultado”, declarou.(Por Fernanda Chagas)


Tribuna da Bahia

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