Secretário e governador discutem candidatura esta semana
ARTHUR CUNHA
SOCIALISTA mobiliza lideranças para defender seu nome junto ao Palácio
Pré-candidato ao Senado Federal, o secretário Fernando Bezerra Coelho (PSB/Desenvolvimento Econômico) pode ter seu futuro político decidido nesta semana. Governistas atestaram, em reserva, que o governador Eduardo Campos (PSB) convocará o aliado para uma conversa definitiva neste dias, na qual FBC conhecerá o papel a ser desempenhado por ele nesta eleição. Correndo por fora na disputa por uma das vagas governistas à Casa Alta, o secretário de Desenvolvimento Econômico tem mobilizado inúmeras lideranças sertanejas a defenderem seu nome junto ao governador. Bezerra Coelho se lançou como o “senador do desenvolvimento”, cujo foco do mandato seria contribuir na Interiorização do desenvolvimento, “mantra” do Governo Eduardo.
À época prefeito de Petrolina, pela terceira vez, Bezerra Coelho foi uma das primeiras lideranças a declarar apoio ao então candidato Eduardo Campos, em 2006, quando o socialista tinha apenas 4% das intenções de voto no Estado. FBC trabalhou pesado pela eleição do governador no Sertão - região apontada como a responsável pela vitória de Campos - e depois abriu mão do mandato para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e a presidência do Porto de Suape. Além disso, em 1998, quando o ex-governador Miguel Arraes estava isolado, Bezerra aceitou ser candidato a vice, mesmo sem chance de vitória. Segundo revelaram governistas esses fatos obrigariam Eduardo a “retribuir” o apoio.
Pesa contra o secretário o fato dele estar filiado ao PSB, mesmo partido do governador. Com receio de perder apoios, Eduardo quer abrir espaço na majoritária para outros partidos da base, a exemplo do PT, dividido entre indicar o secretário Humberto Costa (Cidades) ou o ex-prefeito João Paulo, e o PTB, do deputado federal Armando Monteiro Neto. Outro caminho para o secretário seria a vice, mas Campos estaria relutando em tirar João Lyra Neto (PDT), aliado de primeira hora.
Talvez o principal problema de Bezerra Coelho seja o fato dele não pertencer à “cozinha” do governador. Pessoas próximas a Eduardo estariam com medo de que, uma vez sendo escolhido para a vice ou para o Senado, FBC traia o governador em 2014, optando por disputar o Governo do Estado, mesmo se a composição apontar para outro caminho.
Um terceiro caminho para o socialista seria a Assembleia, com a prerrogativa de ser o presidente do Poder, mas o próprio Bezerra veio a público negar seu interesse na alternativa.
(Folha de Pernambuco)
SOCIALISTA mobiliza lideranças para defender seu nome junto ao Palácio
Pré-candidato ao Senado Federal, o secretário Fernando Bezerra Coelho (PSB/Desenvolvimento Econômico) pode ter seu futuro político decidido nesta semana. Governistas atestaram, em reserva, que o governador Eduardo Campos (PSB) convocará o aliado para uma conversa definitiva neste dias, na qual FBC conhecerá o papel a ser desempenhado por ele nesta eleição. Correndo por fora na disputa por uma das vagas governistas à Casa Alta, o secretário de Desenvolvimento Econômico tem mobilizado inúmeras lideranças sertanejas a defenderem seu nome junto ao governador. Bezerra Coelho se lançou como o “senador do desenvolvimento”, cujo foco do mandato seria contribuir na Interiorização do desenvolvimento, “mantra” do Governo Eduardo.
À época prefeito de Petrolina, pela terceira vez, Bezerra Coelho foi uma das primeiras lideranças a declarar apoio ao então candidato Eduardo Campos, em 2006, quando o socialista tinha apenas 4% das intenções de voto no Estado. FBC trabalhou pesado pela eleição do governador no Sertão - região apontada como a responsável pela vitória de Campos - e depois abriu mão do mandato para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e a presidência do Porto de Suape. Além disso, em 1998, quando o ex-governador Miguel Arraes estava isolado, Bezerra aceitou ser candidato a vice, mesmo sem chance de vitória. Segundo revelaram governistas esses fatos obrigariam Eduardo a “retribuir” o apoio.
Pesa contra o secretário o fato dele estar filiado ao PSB, mesmo partido do governador. Com receio de perder apoios, Eduardo quer abrir espaço na majoritária para outros partidos da base, a exemplo do PT, dividido entre indicar o secretário Humberto Costa (Cidades) ou o ex-prefeito João Paulo, e o PTB, do deputado federal Armando Monteiro Neto. Outro caminho para o secretário seria a vice, mas Campos estaria relutando em tirar João Lyra Neto (PDT), aliado de primeira hora.
Talvez o principal problema de Bezerra Coelho seja o fato dele não pertencer à “cozinha” do governador. Pessoas próximas a Eduardo estariam com medo de que, uma vez sendo escolhido para a vice ou para o Senado, FBC traia o governador em 2014, optando por disputar o Governo do Estado, mesmo se a composição apontar para outro caminho.
Um terceiro caminho para o socialista seria a Assembleia, com a prerrogativa de ser o presidente do Poder, mas o próprio Bezerra veio a público negar seu interesse na alternativa.
(Folha de Pernambuco)
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