Pelo menos cem dessas residências estão localizadas no Morro da Carioca, onde 21 pessoas morreram na madrugada de 1° de janeiro, após deslizamento de terra. O número de vítimas confirmadas em Angra entre os dias 30 de dezembro e 1° de janeiro já chega a 50. Além da tragédia na comunidade, outras 29 pessoas também morreram na enseada de Bananal, na Ilha Grande, onde uma pousada e sete casas foram soterradas.
Ontem, bombeiros e voluntários que participam das buscas no Morro da Carioca encontraram os corpos de quatro vítimas: Anezio Roberto da Conceição, de 53 anos; Carlos Henrique Carvalho Narciso, 11; Henrique Carvalho Narciso, 7, e Matheus Emídio de Carvalho, 10.
Segundo o Corpo de Bombeiros, há ainda uma pessoa desaparecida no local. Trata-se de Alessandra Emídio Carvalho, 11, irmã de Matheus e um dos seis filhos do ajudante de serviços gerais Jorge Carvalho, 43 anos. Ontem, ele esteve no Instituto Médico Legal (IML) para identificar o corpo do menino. Além dos filhos, Jorge também perdeu a mulher, Aparecida das Dores Emídio de Carvalho, de 38 anos.
“Perdi quase toda a minha família. É um aperto muito grande no coração cada vez que eu tenho de identificar o corpo de um de meus filhos”, disse. Jorge não passou as festas de fim de ano com a família porque, segundo ele, não teve dinheiro para viajar de Rio Claro, onde eles moravam, para Angra. “Passávamos todo fim de ano com parentes aqui em Angra. Desta vez, não pude vir”. Fabiana, 22, e Leonardo, 14, são os dois filhos de Jorge que escaparam da tragédia. Ela estava numa festa de Réveillon com amigos; o rapaz conseguiu fugir momentos antes de a casa ser destruída.
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