quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Jarbas diz que quer comparação


RENATA BEZERRA DE MELO
Há 40 dias em Pernambuco, de férias do Parlamento, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) quebrou, ontem, o silêncio, e ironizou as consecutivas declarações de governistas à Imprensa, nas últimas semanas, tachando-o, entre outros adjetivos, de agressivo. Sem citar nomes, classificou a ação dos adversários como “velha tática de tentar botar o guizo no outro, quando o guizo está pendurado na pessoa”.

Para ele, os ataques têm soado como “advertência” e já sendo objeto de análise na lista de critérios capazes de influenciar a decisão de ser ou não candidato, este ano, ao Governo do Estado, como esperam os oposicionistas. Adiantando parte do entendimento que vem formando, Jarbas disse ver sinais de uma campanha eleitoral “mesquinha” que se avizinha. Não se mostra inibido por isso, entretanto. Bem humorado, provocou: “Se eu for candidato a governador, a campanha vai começar no final de julho, começo de agosto. Tudo que eu quero na minha vida é uma comparação (com a gestão atual)”, disse, durante almoço de aniversário da deputada estadual Terezinha Nunes, no Spettus do Derby.

Na conta das 10 eleições disputadas, Jarbas lembrou ter comemorado vitórias em oito. “Essa coisa de o governo achar que eu vou desencadear, em Pernambuco, uma campanha agressiva...Por quê? Eu ganhei duas eleições para prefeito, duas para governador numa campanha de alto astral. O que foi que mudou de lá para cá no meu temperamento para eu fazer uma campanha agressiva?”, questionou. O cenário de agressividade que vê desenhado para a corrida eleitoral local se deve, em sua análise, à iniciativa dos adversários. “Acho que está se preparando em Pernambuco um quadro de muita agressividade, de muita mentira, de muita coisa subterfúgio. Por exemplo, a gente está calado e começam a dizer que a gente é uma figura agressiva, agarrada ao passado. É uma forma de preparar uma campanha pequena, mesquinha, em cima de destratrar o adversário”, disse.

Em tom de desabafo, disse ter se visto em situação “sui generis” nesse último perído de férias no Recife. “De um lado (agressões dos), os adversários, do outro, jogado no canto da cerca pelos correligionários. É uma situação, para mim, sui generis”, observou. Questionado sobre o que responderia aos palacianos, brincou: “Já sou agredido calado, quanto mais falando”. (Folha de Pernambuco)

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