sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Susto para aliados e assessores

Um governista que estava no jantar oferecido pelo governador Eduardo Campos (PSB) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à sua comitiva, na noite da última quarta-feira, contou o passo a passo do petista na ocasião. De acordo com ele, Lula chegou ao Palácio do Campo das Princesas, por volta das 21h, bastante abatido, sem brincar com ninguém, ao contrário do que sempre costuma fazer. Depois de reunir-se por pouco tempo com Eduardo, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, e o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, para tratar do “projeto Ciro”, Lula teria saído da sala com o semblante ainda mais cansado. O petista, então, sentou-se ao lado da ministra-candidata Dilma Rousseff (PT/Casa Civil).

Os dois conversaram rapidamente antes de Lula retornar à mesma sala, dessa vez acompanhado de Dilma e dos ministros das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), e da Comunicação Social, Franklin Martins. Quando saiu da sala, o presidente se despediu, argumentando que estava indisposto, e seguiu para a base aérea do Recife junto com Franklin Martins, que seguiria com ele para Davos, na Suíça. Lula não comeu nada do que fora servido no Palácio. Dilma e Padilha prosseguiram no jantar.

Cerca de 30 minutos depois, a ministra da Casa Civil recebeu um telefonema. Ela teria ficado assustada, chegando a sentar-se em uma das cadeiras do corredor do Palácio para se acalmar. Foi então que, junto com Padilha, ela seguiu para o Hospital Português, onde Lula já havia dado entrada. Passava da meia-noite.

Um vídeo, difundido no site youtube, mostra Lula já dentro do hospital com uma bata e sentado em uma cadeira de rodas sendo conduzido por médicos e enfermeiros. Durante quase duas horas (da meia-noite às 2h) as informações eram desencontradas. O que se via eram assessores nervosos e ministros bastante apreensivos.

Eduardo Campos chegou ao hospital por volta das 2h, muito assustado. O socialista, porém, acreditava na recuperação do aliado. O ministro Padilha andava de um lado para o outro sem saber o que fazer. Franklin Martins, que aparentava muito cansaço, era outro que estava preocupado. Dilma, por sua vez, não teve contato com a Imprensa.(Folha de Pernambuco)

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