O Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), da Polícia Civil de Pernambuco, enviou Circular Interna (CI) às quatro delegacias que integram a diretoria solicitando os nomes dos policiais que pretendem disputar mandato eletivo em outubro. O procedimento tem como objetivo auxiliar no planejamento de trabalho, já que os futuros postulantes terão de se afastar da Polícia no período de campanha. O inusitado é que, no mesmo documento, o Depatri também solicitou os nomes dos candidatos e partidos a serem apoiados pelos policiais, fato que poderia servir para identificar e punir com medidas administrativas os oficiais que pretendem votar na oposição.
A postura, vale salientar, também é inconstitucional, porque desrespeita o direito do cidadão de ter seu voto preservado. De número 008/2010, a CI foi enviada na última sexta-feira, dia 15 de janeiro, às delegacias de Roubos e Furtos, Roubos e Furtos de Veículos, Roubos e Furtos de Cargas e Repressão ao Estelionato. Cerca de 160 policiais estão lotados nessas seccionais. A delegada Pollyana Ferreira de Lima Barros, chefe do Núcleo de Inteligência (NI) do Depatri, é quem assina a CI. No documento, ela pede que as listas sejam entregues até hoje.
“Por meio da presente, solicito que Vossas Senhorias informem a esse Núcleo de Inteligência até o dia 21 de janeiro de 2010 sobre a existência de policiais civis lotados em suas unidades, candidatos ao pleito eleitoral de 2010 ou que estejam apoiando algum candidato. Em havendo, o nome do candidato e o partido político a que pertence”, diz a CI, assinada por Pollyana Barros.
A medida revoltou o presidente da Associação dos Comissários de Polícia Civil do Estado de Pernambuco (Acomp/PE), George Neves, que acusou o Depatri de estar promovendo uma “caça às bruxas” na Polícia Civil. “Até perguntar sobre os que serão candidatos tudo bem, afinal o departamento precisa se planejar. Mas querer saber em quem os policiais votarão é um absurdo! A delegada foi infeliz em sua formulação, Isso não se justifica”, disparou o dirigente sindical, que apresentou à Folha, uma das circulares enviadas.
A postura, vale salientar, também é inconstitucional, porque desrespeita o direito do cidadão de ter seu voto preservado. De número 008/2010, a CI foi enviada na última sexta-feira, dia 15 de janeiro, às delegacias de Roubos e Furtos, Roubos e Furtos de Veículos, Roubos e Furtos de Cargas e Repressão ao Estelionato. Cerca de 160 policiais estão lotados nessas seccionais. A delegada Pollyana Ferreira de Lima Barros, chefe do Núcleo de Inteligência (NI) do Depatri, é quem assina a CI. No documento, ela pede que as listas sejam entregues até hoje.
“Por meio da presente, solicito que Vossas Senhorias informem a esse Núcleo de Inteligência até o dia 21 de janeiro de 2010 sobre a existência de policiais civis lotados em suas unidades, candidatos ao pleito eleitoral de 2010 ou que estejam apoiando algum candidato. Em havendo, o nome do candidato e o partido político a que pertence”, diz a CI, assinada por Pollyana Barros.
A medida revoltou o presidente da Associação dos Comissários de Polícia Civil do Estado de Pernambuco (Acomp/PE), George Neves, que acusou o Depatri de estar promovendo uma “caça às bruxas” na Polícia Civil. “Até perguntar sobre os que serão candidatos tudo bem, afinal o departamento precisa se planejar. Mas querer saber em quem os policiais votarão é um absurdo! A delegada foi infeliz em sua formulação, Isso não se justifica”, disparou o dirigente sindical, que apresentou à Folha, uma das circulares enviadas.
Folha de Pernambuco
À tarde, depois de ter recebido mais de 15 telefonemas de policiais perguntando sobre o assunto, o presidente da Ascom/PE enviou um ofício cobrando explicações do chefe de Polícia Civil do Estado, Manoel Carneiro. “Se não obtiver nenhum esclarecimento, procurarei o secretário Servilho Paiva (Defesa Social) e o Tribunal Regional Eleitoral”, avisou George Neves.
“O servidor público, além de policial, é um cidadão brasileiro que tem direitos constitucionais e ao exercer esse direito, pode, de acordo com a Carta Magna, exercer seus direitos políticos. Como entender, então, que a delegada que assinou a referida Circular Interna venha solicitar que os delegados sigam de encontro aos direitos constitucionais dos cidadãos policiais?”, questionou George Neves, no ofício.
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