quinta-feira, 28 de maio de 2009

Programas Se Liga e Acelera têm resultados positivos em Petrolina

As distorções no ensino fundamental, principalmente ligadas aos aspectos idade/série, sempre desafiaram os educadores da rede pública de ensino. A partir das falhas resultantes de problemas estruturais, como a desagregação familiar, déficit de atenção e até do ensino, muitos alunos acabam não evoluindo no processo de ensino-aprendizagem, exigindo dos gestores da educação, medidas que possam corrigir as falhas de percurso. Foi pensando neste problema que em 2004 o estado de Pernambuco instituiu os programas Se Liga e Acelera. As iniciativas começaram em Petrolina no ano passado e já melhoraram o desempenho escolar em 85,4%.

O Se Liga e o Acelera servem como balizadores da política educacional, influenciando também na formação do professor e na intervenção pedagógica. Segundo a coordenadora do programa na Secretaria Municipal de Educação, Francisca Maria Bezerra Morais (Fanta), o Se Liga trabalha com crianças na faixa etária de nove a 14 anos, que apesar de estarem estudando, eram analfabetas, e o segundo (o Acelera), é voltado para estudantes que já eram alfabetizados, mas se encontram com um elevado grau de atraso no quesito idade/série. A faixa etária atendida deste é entre nove e 14 anos”, explica.

No Se Liga a melhoria é em torno de 61,7% . “Num total de 389 alunos orientados, apenas quatro não obtiveram desempenho satisfatório. No Acelera, dos 555 alunos matriculados, 80 foram retidos. As experiências estão sendo feitas com 29 turmas do Se Liga e 22 do Acelera. Os programas são executados por professores selecionados que passam por um treinamento e capacitação no município de Gravatá em Pernambuco. Eles são acompanhados diariamente pelos diretores das escolas e por 10 supervisores, que tem como missão, não só fiscalizar o trabalho mas, auxiliá-los”, afirma, ressaltando a exigência da secretaria em trabalhar com professores que demonstram habilidades como a capacidade afetiva, por exemplo.

Os supervisores e professores fazem planejamento quinzenal discutindo os obstáculos e avanços do programa. As experiências relatadas são multiplicadas e a partir daí, as soluções são compartilhadas entre os participantes. Os resultados são acompanhados de perto pelo Instituto Airton Senna, que instituiu um prêmio anual para as experiências bem sucedidas. De acordo com a professora Fanta, a melhor satisfação é quando um aluno de um dos programas aparece numa turma do ensino regular apresentando notas melhores. “Nesse momento temos a convicção de valeu à pena o esforço das equipes”, assegura.

Nenhum comentário: