O corpo do chefe diplomático da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haitichefe (Minustah), o tunisiano Hedi Annabi, também foi encontrado. Em pronunciamento, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que o brasileiro era uma “lenda em operações de paz da ONU”.
Costa, que ingressou na organização em 1969, era o funcionário brasileiro de mais alto cargo. Seu profundo conhecimento das engrenagens do organismo internacional e o sucesso na carreira faziam com que ele fosse comparado a Sérgio Vieira de Mello - também morto de maneira trágica, quando chefiava a missão da ONU no Iraque, em 2003.
Desde 2006, Costa estava no Haiti. Antes, trabalhara por dez anos no departamento de conferências e outros dez no departamento de recursos humanos da ONU. Em 1992, se transferiu para o recém-fundado Departamento de Missões de Paz, pelo qual serviu também no Kosovo e na Libéria.
Em entrevista à Folha de São Paulo em 2009, Costa revelou seu temor de que uma nova catástrofe natural atingisse o Haiti, depois dos furacões de 2008. Esperava a recuperação do país com o aumento de ajuda internacional.
Nascido em Belo Horizonte, Martins Filho, 41 anos, morava em Brasília. Casado, tinha uma filha de 9 anos. Cinco minutos antes do terremoto, tentou falar pela internet com a mulher, Emília Martins, no Brasil. Ela não conseguiu atender ao chamado. Agora, está em 17 o número de brasileiros mortos no terremoto do Haiti, sendo 15 militares. Os dois civis, além de Luiz Carlos da Costa, é a médica Zilda Arns.
(Folha de Pernambuco)
Postado por Maria Isabel
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