sábado, 9 de janeiro de 2010

Celulares “xing lings”, vale a pena se arriscar?

BRUNA só descobriu que o celular era pirata depois que o namorado disse
Eles estão presentes em quase todos os lugares da cidade. No ônibus, na praia, na fila de um banco, na sala de espera de um consultório médico, todo mundo tem um na mão. A maioria possui um receptor de TV analógica embutido, MP3, MP4, rádio FM, duas baterias, acesso à internet, alguns já tem GPS integrado. Outros, um pouco mais caros, vêm com o sistema de transmissão sem fio bluetooth e Wi-Fi, a câmera não possui resolução abaixo de 8.0 megapixels e ainda suporta dois chips, vantagem considerada a mais atraente por muitos usuários. É uma outra categoria de telefones móveis, vindos lá das bandas do obscuro mercado asiático. O assunto de hoje são os celulares piratas, também chamados de “xing lings”.


Quem o vê pela primeira vez fica impressionado com tamanha precisão com que o aparelho foi projetado e copiado. Curvas de acordo com os traçados do original, câmera devidamente posicionada, teclas idênticas, saida para fone de ouvido no local exato, tudo milimetricamente bem calculado de modo que o usuário tenha em mãos a réplica mais perfeita daquele aparelho tão desejado a valores bem inferiores aos dos originais. E esse é um dos grandes atrativos para a enorme quantidade de equipamentos que circulam não só no Recife, mas em todo território nacional. O preço da maioria dos aparelhos “xing lings” chega a custar cerca de cinco, seis ou até sete vezes menos do que o equipamento verdadeiro. Baixo custo dos celulares é um convite ao consumo e, também, a diversas armadilhas.

Geralmente oriundos da China, os aparelhos “xing lings” são vendidos no Brasil sem nota fiscal e com pouco tempo de garantia contra defeitos de fabricação, tão comuns nesses modelos de celulares. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) lembra que esses aparelhos podem ser nocivos à saúde, já que não passaram pelos testes de irradiação eletromagnética e de bateria. Os celulares piratas não recebem a homologação da Anatel e podem interferir nos sistemas de radiofrequência. “Xing lings” também são sinônimos de dor de cabeça, tanto para quem vende quanto para quem compra.( Geison Macedo geison@folhape.com.br)

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