O pior ainda pode estar por vir, pois já se fala em um aumento gradativo superior ao esperado. “Para este ano, a expectativa é que o preço não baixe, só suba. A princípio, a solução seria buscar o arroz no mercado externo, mas ele também vai estar muito alto. Por isso, do ponto de vista do consumidor, não há muita saída”, apontou o vice-presidente da Apes, Djalma Cintra. De acordo com ele, o maior motivo para a baixa na produção é a mudança de clima. “No Rio Grande do Sul tem chovido muito e em outros lugares têm acontecido problema de seca”, destacou. Além do estado do Sul do País, Pernambuco recebe arroz uruguaio e do Centro-Oeste.
Quando a safra 2009/10 chegar ao mercado, no final de fevereiro, haverá um estoque remanescente de apenas 983 mil toneladas, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A quantidade é suficiente para um mês de consumo e estará concentrada em poder do governo. Ao final da safra atual, é esperado um estoque de não mais de 664 mil toneladas. Também diferente do que ocorreu no ano passado, em 2008 o governo precisou vender estoques em plena safra para segurar a alta de preços.
A entrada da safra gaúcha, que normalmente já está disponível em meados de fevereiro, deve ser prolongada até o final do mês, porque o plantio foi realizado com atraso no Rio Grande do Sul. Apesar da tendência de alta, para o diretor do Departamento de Arroz da Corretora Novel, Júlio Tonidandel, quando o volume aumentar, as cotações terão recuo.
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