Polícia:só 30% em funcionamento

GREVISTAS reuniram-se na 5ª Delegacia Seccional, em Paulista, para protestar

Sem depósito e com os dois banheiros interditados, a 5ª Delegacia Seccional, em Paulista, no Centro do município, não garante qualidade de trabalho nem para os funcionários e muito menos qualidade de atendimento para a população que utiliza os serviços daquela delegacia. As portas foram substituídas por grades e na recepção, as máquinas de caça-níqueis e motos apreendidas ocupam os lugares que deveriam ser de cadeiras. Devido às precárias condições estruturais, o local foi escolhido para a primeira reunião dos policiais civis que iniciaram, oficialmente, à greve da categoria, ontem, por tempo indeterminado.

O Estado conta com cerca de 7,6 mil policiais civis, entre delegados, agentes, escrivães, papiloscopistas e datiloscopistas. Desses, apenas 30% do total do efetivo permanecerá atuando em esquema de plantão. “Queremos que o Governo reconheça o esforço dos policiais civis. Peritos usam máquinas pessoais para realizar a perícia, médicos legistas que realizam a digitação do laudo por falta de documento”, afirmou o presidente do Sinpol, Cláudio Marinho.

As reivindicações são muitas. Além de melhores condições de trabalho, criação de uma planilha de salários dentro do PCCV e mudança na carga horária de plantão, que antes tinha início e termino às 8h e passou a ser às 13h. “Não entendemos o motivo da mudança deste horário, só traz maiores transtornos no rendimento do trabalho”, alegou Marinho. Ainda de acordo com o presidente do Sinpol, a categoria já havia realizado dois ofícios referentes às aguarda um posicionamento do Governo desde 28 de setembro. O movimento grevista continua hoje, na Delegacia da Várzea, às 9h.

Através de nota à Imprensa a Secretaria de Administração (SAD) informou “que vinha mantendo encontros com a categoria e que, na última reunião, formalizou que para o exercício de 2009 não há espaço financeiro para novos reajustes”. A SAD também informa no documento que se coloca “à disposição para a construção de cenários que possam ser colocados em prática diante da realidade orçamentária de 2010, em discussão na Assembleia Legislativa”.(Folha de Pernambuco)