Segundo o diretor internacional da Action Aid, Adriano Campolina, o principal motivo para que o Brasil seja o líder do ranking foi o fato de 10 milhões de pessoas terem saído da pobreza extrema nos últimos anos. De acordo com ele, o Brasil conseguiu a redução combinando o crescimento econômico com políticas de combate à pobreza e agricultura familiar.
“A fome é um fenômeno muito complexo, você não consegue acabar com ela imediatamente. Mas a redução do Brasil foi extremamente substancial, não só rápida como sustentada. Foram políticas coordenadas que deram ênfase à transferência de renda e ao mesmo tempo à agricultura familiar e à produção sustentável”, destacou Campolina.
Hoje, quando terá início em Roma a Cúpula Mundial de Segurança Alimentar, promovida pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a ONG pretende entregar o prêmio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele participa da abertura do evento e deverá apresentar as experiência brasileiras que conseguiram reduzir a subnutrição no País como o Bolsa Família, o Fome Zero e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
Durante a Cúpula, o presidente fará um alerta para a insuficiência de recursos internacionais destinados a enfrentar a fome no mundo. Lula também irá destacar a necessidade de os países desenvolvidos cumprirem os compromissos assumidos para o aumento dos níveis da assistência ao desenvolvimento social e humano. O presidente ainda pedirá o fim dos subsídios agrícolas que prejudicam as economias mais pobres.
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