segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A eternidade de 2010, a longevidade sem credibilidade, a sucessão sem sucessores. Ou Dona Dilma e Doutor Meirelles, sem votos, sem povo, sem urnas, sem legenda, mas com notável e desenfreada ambição de Poder
A sucessão de 2010 está tão complicada que mais parece uma sessão do Supremo. Tudo é confuso, necessita de interpretação, e para espanto geral só uma autoridade concentra não só o Poder de decidir, mas também o que interpretar. Seu nome: Luiz Inácio Lula da Silva. Seu cargo: presidente da República até agora e por vontade própria, desde que ninguém consiga afastá-lo.

Os oposicionistas (?) que pareciam ter uma união sólida entre dois candidatos, se dividiram e não conseguem se reunificar, nem mesmo no que sempre se chamou de “chapa pura”. No caso, Serra e Aécio, embora nada esteja decidido.

No lado governista, a união ou desunião, terá que passar pelo crivo, avaliação e consagração do próprio presidente. Que controla tudo, tem sempre a primeira e a última palavra. Principalmente na sucessão que pode nem existir.

A chapa pura, que parecia unanimidade no PSDB, virou bandeira do PT, perdão, do presidente Lula. O partido não decide nada, quem faz e desfaz é o presidente Lula. E os que discordam, no máximo apelam para ele: “Presidente, me apoiando o senhor terá mais um palanque”. Assim, nos mais diversos estados.

Os candidatos dos dois lados não são melhores ou piores. Só que a possível chapa pura da oposição, reuniria nomes fartos de disputar eleições. Já a imaginável chapa pura do governo, reuniria candidatos que jamais subiram num palanque eleitoral.

No PSDB as coisas só estarão resolvidas a partir da desincompatibilização. No lado de Lula, excluindo ou excluído o próprio, sobra Dona Dilma como cabeça de chapa, uma incongruência, que palavra. O vice deve (ou pode) sair do PMDB, o que tem tudo para se chamar de chapa pura, sem nenhuma gozação.

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