sábado, 5 de setembro de 2009

Humberto e João Paulo fazem acordo anticrise


As duas maiores lideranças do PT no Estado, os secretários estaduais de Articulação Regional e das Cidades, João Paulo e Humberto Costa, respectivamente, selaram um “acordo” com o objetivo de evitar tensões durante o Processo de Eleições Diretas (PED) do partido este ano. Diferentemente do PED de 2007 - quando os dois só sentaram para conversar após várias trocas de farpas e acusações pelos jornais - João Paulo e Humberto resolveram se antecipar aos acontecimentos e, ontem, conversaram sobre o tema.
“Vamos tentar nos antecipar a qualquer problema político que possa acontecer. Mapear os lugares que sabemos que possam ocorrer conflitos e procurar evitar discussões pelos jornais”, contou Costa, escalado para falar com a Imprensa sobre o teor da conversa que teve com João Paulo. Ele disse que o diálogo foi “bom” e que os dois concordaram em “construir um clima no PED que seja produtivo e político favorável”. Para João Paulo, a reunião foi “excelente”.
Para obter um “resultado positivo” durante o pleito, os petistas vão estabelecer uma agenda de reuniões que contarão com a participação dos postulantes à presidência estadual da sigla, Jorge Perez e Fernando Ferro. O primeiro disputa a reeleição pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), liderada por Humberto, e o segundo concorre pelo Campo das Esquerdas Unificado (CEU), grupo ligado a João Paulo.
“Isso ficou acertado, mas cada um vai conversar com seu lado e colocar as ideias para apreciação. Se todos concordarem, vamos trabalhar para impedir que aconteça qualquer tipo de desgaste e troca de acusações pelos jornais”, disse Humberto, deixando clara sua preocupação com declarações de correligionários na Imprensa que possam atrapalhar a unidade.
O acordo, segundo Humberto, visa contribuir para a construção de um PED tranquilo, mas não substitui a instância partidária. “É claro que a instância para resolver os problemas continua sendo o partido. É o partido que vai arbitrar as questões. Mas ter um espaço político para reuniões pode ajudar”, analisou. “Queremos centrar o debate nas questões políticas e não nas questões menores”, concluiu.

Folha de Pernambuco

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