terça-feira, 15 de setembro de 2009

Gestão de hospital não pode ser ideologizada

Todo mundo em Pernambuco sabe, até porque as pesquisas dizem isto, que o ponto nevrálgico do governo Eduardo Campos é a área de saúde. A carência de médicos nos hospitais públicos, aliada às más condições de atendimento, puxam para baixo a aprovação do governo. Consciente disso, o governador pôs seu vice, João Lyra Neto, na Secretaria de Saúde, para ver se dava um jeito na bagunça, mais de natureza estrutural do que conjuntural. O vice está fazendo a sua parte para tentar melhorar o atendimento. E uma das coisas boas que realizou foi importar do governo de São Paulo o modelo de gestão dos hospitais públicos.

Lá, não existe médico dirigindo hospital. A gestão é feita por Organizações Sociais, muito mais vantajosa para o governo, para os hospitais e para os pacientes. Aqui, bastou a Secretaria de Saúde publicar o edital para a escolha da OS que ficará responsável pela gestão do Hospital Metropolitano Miguel Arraes, em Paulista, para o Cremepe e o Sindicato dos Médicos terem um chilique. Em nota oficial, dizem que não foram ouvidos sobre o tema e acusam o governo estadual de estar privatizando a saúde pública. Trata-se de uma visão estreita e atrasada. O hospital continuará sendo público e com 100% de atendimento pelo SUS. Apenas a gestão será privada, já que o modelo vigente há décadas gerou esse caos do qual precisamos nos livrar.
+AB

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