Devido ao número de pessoas que paravam para falar com Jarbas, o percurso, que normalmente seria feito em 15 minutos, levou quase uma hora para ser finalizado. Bem-humorado, o ex-governador não se furtou a atender ninguém. Chegou a comprar uma camisa com a imagem de Nossa Senhora da Conceição, atendendo ao pedido de uma comerciante. Na esquina seguinte, ele deu a peça de roupa ao morador de uma casa. “Esse é meu governador”, dizia um, para ser complementado por outro: “Mas o presidente é Lula”. Apesar da vinculação, o senador pernambucano e o presidente da República são ferrenhos adversários.
Moradora do Morro, a telefonista Jacenilda Silva, 47 anos, disse que espera por Jarbas todos os anos. “Se ele for candidato, voto nele de novo. Não quero saber da esquerda. Também não quero saber do DEM, que esconde dinheiro na meia e na cueca”, assegurou, fazendo uma referência ao deputado distrital Leonardo Prudente (DF), acusado de esconder dinheiro nas meias do suposto mensalão do DEM. Já a cozinheira Celina Sabino, 56, afirmou que estava pensando em Jarbas antes de cruzar com o peemedebista. “Meu partido é o partido dele”, ressaltou.
Jarbas Vasconcelos frequenta a festa do Morro há 27 anos. O peemedebista tem muita inserção no bairro, onde é votado desde a década de 1970, quando era deputado federal. Questionado, negou que estivesse em campanha. No entanto, ao falar do assunto, fez questão de lembrar que é bem votado no Recife. “Fui prefeito do Recife e governador por duas vezes. Conheço muitas pessoas. Não é compromisso político, é um compromisso religioso, de festa popular. Sempre venci as eleições aqui no Recife. Nunca perdi, como candidato, uma eleição aqui desde 1970. Só perdi apoiando candidato. Portanto, tem essa identificação do eleitorado”, avaliou.
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