terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Presidente da OAB vê inabilidade de Lyra

JAIRO LIMA
O formato escolhido pela Secretaria de Saúde para gerir os hospitais do Estado recebeu críticas do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Pernambuco (OAB-PE), Jayme Asfora. Em visita à Folha de Pernambuco, ele classificou o setor da Saúde como sendo a principal deficiência do Governo Eduardo Campos, mesmo com a entrega do Hospital Miguel Arraes, em Paulista. “Houve inabilidade do secretário João Lyra Neto, que conseguiu arranjar a classe médica como inimiga. Foi erro escolher João Lyra Neto como secretário de Saúde”, afirmou.

Asfora demonstra o mesmo interesse do Cremepe e Simepe, além de reclamar da administração dos hospitais por meio das Organizações Sociais de Saúde (OSS). “Não adianta criar um hospital modelo para sucatear os 27 hospitais existentes na rede pública. Médico não precisa de gerente. O Estado poderia contratar gestores”, indicou.

Por outro lado, o presidente da OAB elogiou a mudança de rumo que tomou o Pacto pela Vida e que garantiu a redução da criminalidade no Estado, em 12%. “Sempre critiquei o Pacto pela Vida na OAB, até observarmos uma efetiva guinada. Hoje, tem muito mais transparência, deu uma guinada. Essas críticas contribuíram para que houvesse êxito na política de combate à criminalidade”, reconheceu.

O ponto fraco para o desenvolvimento do programa seria a orientação do Pacto pela Vida, feito à época, pelo vice-governador João Lyra Neto (PDT), que deixou o monitoramento direto da ação para o próprio governador Eduardo Campos (PSB). “Mudou depois da saída de João Lyra. Não posso dizer se mudou porque João Lyra não é do ramo. Se ele não teve apoio, não posso dizer ao certo. Na minha opinião, mudou porque o governador assumiu a gestão direta disso. E o coordenador da execução era Luiz Rathon, mas as ações foram modificadas com a entrada de Geraldo Júlio (secretário de Planejamento”, disse Jayme Asfora.

Assim mesmo, a meta de 12% alcançada pelo Governo Estadual ainda é pouco, na avaliação do presidente da OAB. “Precisamos chegar em 2009 para alcançarmos essa meta. Os resultados são inegavelmente melhores, as críticas sociais da OAB e outras instituições foram construtivas”, apontou.

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