quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O vazio e o inútil na pesquisa Dilma-Serra. Segundo a Folha e o Datafolha, Serra tem 37 por cento, Dona Dilma 23 e Ciro Gomes 13.


Gastam tempo, dinheiro, espaço, falseiam números, indicam preferências, especulam audiências, garantem supremacias, utilizando cidadãos “ouvidos” não se sabe onde, e que respondem não se sabe a que perguntas. Esse é o universo da “eleição”. E da pesquisa. Ou da “pesquisa”?

Pesquisadores arrogantes, enfatuados, petulantes, supostamente bem equipados, juntam tudo que apuraram em pouco tempo, e manipulam a opinião pública com os resultados que já levavam imprudentemente concluídos.

Esbravejam de forma estridente: “José Serra tem 37 pontos contra 23 de Dona Dilma”. O jornalão e mais o órgão de pesquisa, “descobrem” o que já se sabia há muito tempo: “Heloísa Helena não é candidata”. Pasmo. Assombro. Esperança ou desesperança. Não comentam porque isso não está no manual distribuído pela ANJ. (Associação Nacional de “Jornais”).

Se estivesse, perguntariam para dissipar as próprias dúvidas e não as dos leitores: “Heloísa Helena candidata em 2006 não é mais?”. Contrariando tudo, iriam mais longe: “Ela deixou de ser senadora em 2006 para voltar ao senado em 2010?”. Não entra na cabeça deles, isso que chamam de dubiedade, que palavra.

Insistem em fazer pesquisa praticamente 1 ano antes da eleição, tentando adivinhar o destino e o futuro de cidadãos que não se definiram e se recusam a fazer afirmações. É fácil revelar sem precisar de pesquisas que começam e terminam na incógnita das indefinições.

Serra não sabe se sai ou se fica, Aécio tem que sair, Ciro mudou de domicílio habitual mas não se fixou nem mesmo no tipo de candidatura. Ele e Serra têm a mesma indefinição e surpreendentemente em relação aos mesmos cargos. Os dois hesitam, sofrem e se angustiam, não sabem se disputam o governo de São Paulo ou uma locação no Planalto-Alvorada. E para complicar mais as coisas, prejudicam a RENOVOLUÇÃO, já disputaram a Presidência da República em 2002, não chegaram nem no segundo turno.

Agora, Ciro e Serra foram buscar no Datafolha a adrenalina que não conseguiram na Primeira do jornalão. Lá está dito, “cai a diferença entre Serra e Dilma”, o que não agradou muito ao governador, mas era uma insatisfação transitória. Essa insatisfação aumenta na página 4, Serra lê entristecido: “Dilma se consolida em segundo, reduz a diferença para Serra”.

Incansável, o governador, (com muito tempo disponível, e não precisando se preocupar com as enchentes que só atingem os pobres) continua folheando (ou “folhando”?), vai até à página 7, descobre com enorme satisfação a manchete: “Serra vence Dilma e Ciro no segundo turno”. (Folha de Pernambuco)

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