O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), participou ontem da partida preliminar do tradicional Jogo das Estrelas, organizado pelo ex-jogador Zico, no Maracanã. O tucano não quis falar de política. “Estou na muda”, brincou. Apenas reiterou que não tem planos de ser candidato a vice na chapa de José Serra. “Não é o melhor caminho Me dedicar à eleição de Minas é a melhor maneira de ajudar o nosso candidato”, declarou, ao deixar o campo depois de jogar 20 minutos do primeiro tempo. O governador, que joga de meia-direita, voltou no segundo tempo e saiu quando seu time perdia por 5 a 3. Aécio jogou ao lado de artistas como o sambista Diogo Nogueira e o ator Eduardo Moscovis, contra um time formado, entre outros, por Dado Dolabella, Marcelo Serrado e Kadu Moliterno. “Não dá para jogar a partida inteira, está um calor danado”, comentou. O placar final foi 6 a 6, sem gols do governador. Pelo lado governista, a consolidação da aliança do PT com o PMDB na sucessão presidencial de 2010 esbarra não apenas nos complicados arranjos regionais de poder. O suspense em torno de uma possível candidatura de Ciro Gomes (PSB) à Presidência divide alas do PT. Parte expressiva do partido ainda não digere a provável indicação do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), à Vice-Presidência na chapa liderada pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil-PT) e, paralelamente, os petistas não creem na disposição de Ciro em se lançar candidato ao governo de São Paulo. Por outro lado, quando Ciro ataca a aliança PT-PMDB, age não somente em causa própria, mas também em sintonia com o Planalto, que acha necessário pôr freios no apetite peemedebista. “Parte do PT pressente que o PMDB vai se comportar como sempre em 2010. Nos estados, o PMDB sempre faz a política que acha mais conveniente’’, alerta outro dirigente, incomodado com a falta de comprometimento do PMDB com a candidatura de Dilma, que pode ter dificuldades com palanques peemedebistas. Enquanto segmentos do PT não desistem de lançar Ciro como o candidato a vice na chapa de Dilma - “Temer é um homem-bomba’’, declaram -, a realidade obriga os petistas a manter os pés no chão. Defensor da aliança nacional PT-PMDB, o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante, apela ao pragmatismo: “Em 2002, o Serra tinha 42% do tempo de TV e Lula, 21%. Agora, com o PMDB, Dilma teria 50% e o PSDB, 27%’’. “Se o PMDB não estivesse conosco, Ciro seria um excelente vice’’, pondera. “Lula não morre de amores pelo Temer, mas não procede que exista um veto ao nome’’, explicou outro dirigente petista.(Folha de Pernambuco) |
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Aécio não quer vice. Ciro divide PT
Agência Estado e Folhapress
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