Os aliados do governador Eduardo Campos andam com um sapato alto nunca visto. Apostam que com ou sem Jarbas como adversário a reeleição é certa. Se eleição fosse como peru, que se mata na véspera, tudo bem. Mas o pleito será daqui a 10 meses. O cenário de hoje leva a isso, é verdade. O problema é que não existe nada mais mutável do que a política, já comparada a uma nuvem, por mudar de posição de forma tão repentina. Não havia um senador mais eleito na face da terra de véspera do que Roberto Magalhães, em 1986, quando governador bem avaliado foi arrastado para o fundo do poço pela força de Arraes, que emplacou os dois senadores. Em 2000, faltando uma semana para a eleição, o mesmo Magalhães, desta feita prefeito do Recife e candidato à reeleição, tinha 15 pontos na frente de João Paulo, deu uma banana numa carreata em Boa Viagem e acabou derrotado. Que o diga, igualmente, Cadoca, favoritíssimo na corrida pela Prefeitura do Recife em 2004, detonado por uma derrapada em Brasília Teimosa. Eleição, portanto, se decide ao longo da campanha, no fervor da emoção. Um tropeço pode ser fatal. Sendo assim, é mais aconselhável se apresentar humilde. Num dos sermões bíblicos, Jesus disse que bem aventurados são os mansos, porque herdarão a terra. Aplica-se perfeitamente ao jogo político. (Coluna de Magno Martins)
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