Deputado protesta contra Eduardo por ter aceito a redução de royalties
RENATA BEZERRA DE MELO
Um dos integrantes da bancada oposicionista que chegou a se unir ao governador Eduardo Campos (PSB) em prol da defesa da divisão igualitária dos royalties do pré-sal, o deputado federal Raul Henry (PMDB) protestou, ontem, contra a flexibilização assumida, na última quarta-feira, pelo socialista. Para o peemedebista, o governador - porta-voz do movimento pela divisão igualitária dos recursos - teria “recuado” e contrariado os interesses do Nordeste e de Pernambuco para atender a um “capricho” do Governo Federal e do Rio de Janeiro - um dos estados produtores. Ainda em sua visão, o assunto teria servido como instrumento de manobra eleitoral em benefício do governador fluminense, Sérgio Cabral (PMDB).
“Infelizmente, os governadores do Nordeste, inclusive o de Pernambuco, fizeram um acordo com presidente da República para distribuir royalties contra os interesses do Nordeste, do Brasil e de Pernambuco”, queixou-se Henry, referindo-se às negociações sobre o um terço do pré-sal já licitado. E comparou os percentuais defendidos por Eduardo inicialmente com os números finais do projeto aprovado pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira.
“Na reunião entre o governador e a bancada ficou acertado que defenderíamos 22% dos royalties para os Estados e 22% para os municípios. A participação especial (sobre os lucros) também seguiria esse mesmo percentual tanto para os estados quanto para os municípios”, assinalou o parlamentar.
Em seguida, lamentou que a participação especial dos estados tenha sido aprovada em 10% e a dos municípios em 5%. Apesar de a fatia dos royalties para os estados ter sido assegurada em 22%, ele reclamou ainda que a parcela para os municípios tenha sido reduzida a 8.75%. Ainda segundo Henry, a proposta de defender os 22% já era generosa.
“Os produtores ficariam com 56%. Recuar disso contra a parte mais fraca, que são os municípios é ruim. Por isso houve comoção na Câmara, inclusive de membros da base governista, como Ibsen Pinheiro”, relatou o peemedebista. “Causou revolta na bancada esse recuo e ninguém foi chamado para discutir. Além disso, a votação não foi nominal”, enfatizou. O deputado federal, André de Paula, ressaltou o peso do fator eleitoral na negociação. O presidente Lula tem interesse no Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo (os três produtores)”. O senador Sérgio Guerra (PSDB) afirmou que embora Pernambuco e o Nordeste tenham recuado, o Senado não o fará.(Folha de Pernambuco)
Um dos integrantes da bancada oposicionista que chegou a se unir ao governador Eduardo Campos (PSB) em prol da defesa da divisão igualitária dos royalties do pré-sal, o deputado federal Raul Henry (PMDB) protestou, ontem, contra a flexibilização assumida, na última quarta-feira, pelo socialista. Para o peemedebista, o governador - porta-voz do movimento pela divisão igualitária dos recursos - teria “recuado” e contrariado os interesses do Nordeste e de Pernambuco para atender a um “capricho” do Governo Federal e do Rio de Janeiro - um dos estados produtores. Ainda em sua visão, o assunto teria servido como instrumento de manobra eleitoral em benefício do governador fluminense, Sérgio Cabral (PMDB).
“Infelizmente, os governadores do Nordeste, inclusive o de Pernambuco, fizeram um acordo com presidente da República para distribuir royalties contra os interesses do Nordeste, do Brasil e de Pernambuco”, queixou-se Henry, referindo-se às negociações sobre o um terço do pré-sal já licitado. E comparou os percentuais defendidos por Eduardo inicialmente com os números finais do projeto aprovado pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira.
“Na reunião entre o governador e a bancada ficou acertado que defenderíamos 22% dos royalties para os Estados e 22% para os municípios. A participação especial (sobre os lucros) também seguiria esse mesmo percentual tanto para os estados quanto para os municípios”, assinalou o parlamentar.
Em seguida, lamentou que a participação especial dos estados tenha sido aprovada em 10% e a dos municípios em 5%. Apesar de a fatia dos royalties para os estados ter sido assegurada em 22%, ele reclamou ainda que a parcela para os municípios tenha sido reduzida a 8.75%. Ainda segundo Henry, a proposta de defender os 22% já era generosa.
“Os produtores ficariam com 56%. Recuar disso contra a parte mais fraca, que são os municípios é ruim. Por isso houve comoção na Câmara, inclusive de membros da base governista, como Ibsen Pinheiro”, relatou o peemedebista. “Causou revolta na bancada esse recuo e ninguém foi chamado para discutir. Além disso, a votação não foi nominal”, enfatizou. O deputado federal, André de Paula, ressaltou o peso do fator eleitoral na negociação. O presidente Lula tem interesse no Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo (os três produtores)”. O senador Sérgio Guerra (PSDB) afirmou que embora Pernambuco e o Nordeste tenham recuado, o Senado não o fará.(Folha de Pernambuco)
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