O DEM perdeu o rumo outra vez. O escândalo em torno do governador José Roberto Arruda empurrou o partido um pouco mais para o fundo de uma longa ribanceira. Fora da administração federal desde 2003, o DEM pretendia usar o discurso da ética para combater o PT em 2010. As referências seriam as denúncias de mensalão no primeiro mandato do presidente Lula, que sustentam a oratória oposicionista desde 2005. A divulgação de imagens da farta distribuição de dinheiro entre integrantes da cúpula do governo Arruda fez os democratas repensar a estratégia e chamou a atenção para a trajetória de decadência do partido.
Ainda é difícil medir as consequências do dinheiro encontrado com a turma de Arruda, mas é possível fazer pelo menos duas previsões. Primeira: vacilante, Rodrigo Maia perde espaço para o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que tem mais visibilidade e é afilhado político de José Serra. Segunda: enlameado em Brasília, o DEM tem agora muito menos cacife para indicar o vice na chapa dos tucanos.(Veja)
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