Em silêncio, para não enciumar Aécio Neves, o governador de São Paulo, José Serra, começa a dar sinais de que é fato o candidato tucano ao Planalto. Seu chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, passou a se dedicar a negociações com partidos políticos, principalmente em São Paulo.
Diretor da Fundação do Desenvolvimento Administrativo, o economista Geraldo Biasoto Júnior é responsável pela radiografia dos Estados que o governador visita no Sudeste, Sul e Centro-Oeste. No Nordeste, essa tarefa foi entregue ao economista pernambucano Gustavo Maia Gomes, autor de vários livros abordando temáticas nordestinas.
Na área política, outro pernambucano reforça a pré-equipe de Serra: o presidente da executiva nacional do PSDB, Sérgio Guerra, auxiliado pelo deputado federal baiano Jutahy Magalhães. Outro nome recrutado foi o do vice-governador paulista Alberto Goldman, que cuida diretamente da agenda do presidenciável e apresenta diagnósticos políticos.
Desconfiado das intenções de Serra, o governador mineiro Aécio Neves admite requerer 20 dias de licença para percorrer os Estados nordestinos, num sinal evidente de que está no páreo para valer e que pode, mesmo distante nas pesquisas, criar um fato novo para atropelar Serra.
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