Fred Jordão/Divulgação | 02/10/2008 Morre a artista mais popular do São Francisco Ana das Carrancas faleceu ontem, aos 85 anos, em Petrolina |
Artista recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco | |
Morreu, ontem, aos 85 anos, em Petrolina, Ana das Carrancas. Ana Leopoldina dos Santos, que se tornou uma das artistas populares mais reconhecidas do Brasil, foi vítima de parada cardiovascular e estava internada em um hospital particular do Sertão há alguns dias. Sua saúde já não era mais a mesma, sobretudo, após um Acidente Vascular Cerebral (AVC), em 2004, que tirou sua fala e capacidade de se locomover livremente. O velório está sendo realizado na Câmara de Vereadores de Petrolina e o sepultamento deve acontecer na manhã de hoje, às 10h, no Cemitério Campo das Flores.
Seu falecimento não demorou a repercutir no Estado, por ela ter colocado o Sertão do São Francisco no mapa da arte popular de excelência de Pernambuco, junto a outros pólos do barro como Caruaru, no Agreste, e Tracunhaém, na Mata Norte. “É mais uma grande perda para a cultura de Pernambuco e do Brasil. O Governo do Estado, através da Fundarpe, pretende incentivar o trabalho deixado por Ana das Carrancas através do centro cultural montado por ela e seus filhos em Petrolina”, afirmou a presidente da Fundarpe, Luciana Azevedo.
O Centro de Artes Ana das Carrancas, encampado por seus parentes mais próximos, que também seguiram o rumo do artesanato, também conta com um memorial composto por fotos, recortes de jornal, medalhas e troféus conquistados pela artesã. Em março de 2005, foi agraciada com a Ordem do Mérito Cultural, recebendo o título das mãos do presidente Lula e de Gilberto Gil, ministro da cultura na época. Neste mesmo ano, Ana também recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, conferido pelo Governo do Estado.
O amor pela arte começou cedo. Nascida em Ouricuri, teve seu primeiro encontro com esta arte aos sete anos de idade. Após se mudar para Petrolina, já casada com seu segundo marido, começou a fazer suas carrancas - que, num Sertão supersticioso, para espantar o mau-olhado - rústicas e marcantes de barro, em vez de usar madeira. Ficou conhecida pelo particular traço em fazer olhos vazados nas carrancas, em homenagem ao seu segundo marido, José Vicente de Barros, deficiente visual. Era ele quem separava o barro com o qual Ana trabalhava. Ao lado de artistas populares como seu Nuca de Tracunhaém, que, por uma infeliz coincidência, também teve um AVC e ficou sem poder trabalhar plenamente, sua obra teve grande penetração tanto em feiras nacionais como internacionais, se tornando cobiçado objeto de decoração.
Seu falecimento não demorou a repercutir no Estado, por ela ter colocado o Sertão do São Francisco no mapa da arte popular de excelência de Pernambuco, junto a outros pólos do barro como Caruaru, no Agreste, e Tracunhaém, na Mata Norte. “É mais uma grande perda para a cultura de Pernambuco e do Brasil. O Governo do Estado, através da Fundarpe, pretende incentivar o trabalho deixado por Ana das Carrancas através do centro cultural montado por ela e seus filhos em Petrolina”, afirmou a presidente da Fundarpe, Luciana Azevedo.
O Centro de Artes Ana das Carrancas, encampado por seus parentes mais próximos, que também seguiram o rumo do artesanato, também conta com um memorial composto por fotos, recortes de jornal, medalhas e troféus conquistados pela artesã. Em março de 2005, foi agraciada com a Ordem do Mérito Cultural, recebendo o título das mãos do presidente Lula e de Gilberto Gil, ministro da cultura na época. Neste mesmo ano, Ana também recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, conferido pelo Governo do Estado.
O amor pela arte começou cedo. Nascida em Ouricuri, teve seu primeiro encontro com esta arte aos sete anos de idade. Após se mudar para Petrolina, já casada com seu segundo marido, começou a fazer suas carrancas - que, num Sertão supersticioso, para espantar o mau-olhado - rústicas e marcantes de barro, em vez de usar madeira. Ficou conhecida pelo particular traço em fazer olhos vazados nas carrancas, em homenagem ao seu segundo marido, José Vicente de Barros, deficiente visual. Era ele quem separava o barro com o qual Ana trabalhava. Ao lado de artistas populares como seu Nuca de Tracunhaém, que, por uma infeliz coincidência, também teve um AVC e ficou sem poder trabalhar plenamente, sua obra teve grande penetração tanto em feiras nacionais como internacionais, se tornando cobiçado objeto de decoração.
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