quinta-feira, 9 de outubro de 2008

PMDB lança Michel Temer à presidência da Câmara




BRASÍLIA - Com quatro meses de antecedência, o PMDB lançou ontem o nome do presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), para presidência da Câmara. O evento contou com a presença de quatro ministros de Estado, de praticamente toda a bancada da Câmara, da cúpula peemedebista do Senado e do candidato à prefeitura de Belo Horizonte, deputado Leonardo Quintão, de longe o mais aplaudido ao chegar à cerimônia pró-Temer.
Com o lançamento da candidatura de Temer, o partido deu uma demonstração explícita de sua força política. Nas eleições municipais, o PMDB saiu das urnas como o maior partido do País em número de votos e prefeituras.
Ao mesmo tempo em que faziam a cerimônia pela eleição de Temer para a presidência da Câmara, em fevereiro, os peemedebistas sinalizaram que poderão abrir mão da presidência do Senado. Assim como na Câmara, onde a bancada tem 95 deputados, o PMDB também é o maior partido do Senado, com 21 senadores. Isso lhe dá direito de comandar a Casa.
"Seria muito bom que o PMDB pudesse ter a presidência da Câmara e do Senado. Se não for possível, vamos trabalhar com o melhor entendimento", afirmou o líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO). "O Senado não será obstáculo para que o presidente Temer seja eleito para comandar a Câmara", reiterou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). "Neste momento a vitória do Temer é para o bem do Brasil e para melhorar o nosso partido", disse o senador José Sarney (PMDB-AP).
O PMDB do Senado aceita abrir mão da presidência, mas resiste a apoiar o senador Tião Vianna (PT-AC). A idéia dos peemedebistas é trabalhar, daqui até fevereiro de 2009, um nome da base aliada, que não precisa necessariamente pode ser do PT. Nas mais de duas horas de cerimônia, os líderes do partido fizeram questão de ressaltar a união da sigla em torno do nome de Temer.
Deputados de partidos da base aliada foram ao evento para dar apoio a Michel Temer. Até o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), prometeu trabalhar a favor da candidatura do peemedebista. Com esse gesto, o PT espera que o PMDB cumpra o acordo e ceda a presidência do Senado para o partido.
A deputada Rita Camata (PMDB-ES) foi a única a discordar da candidatura de Temer. "Acho que o processo democrático não se dá através de um abaixo assinado", reclamou Camata. A reunião de hoje do PMDB foi convocada depois de um abaixo assinado com 84 deputados do partido em apoio à eleição de Temer. Rita pretendia se lançar na disputa, mas na última hora desistiu.
O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) deverá concorrer a presidência na condição de "candidato avulso", sem o apoio do partido. Aliás, ele e Hermes Parcianello (PR) foram os únicos da bancada na Câmara que não compareceram à cerimônia pró-Teme

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