quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Em depoimento, Nayara diz à polícia que não houve tiro antes da invasão

A adolescente Nayara Silva, 15 anos, disse em seu depoimento à polícia que não ocorreu nenhum disparo no apartamento em que ela era mantida refém com sua amiga Eloá, imediatamente antes da invasão do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). O caso acabou com a morte de Eloá, também de 15 anos, ex-namorada do seqüestrador Lindemberg Alves, 22 anos. Atingida com um tiro no rosto, Nayara foi submetida a uma cirurgia e passa bem. Ela depôs nesta quarta-feira (22), ainda no hospital - apesar de já ter recebido alta.
Nayara disse que Lindemberg havia atirado contra o teto durante a tarde daquela sexta-feira (17), por volta das 15h, por ter ficado nervoso. Ela declarou que dois tiros foram disparados após a invasão do Gate. O delegado responsável pela investigação, Sérgio Luditza, e o promotor Antonio Nobre Folgado comandaram o interrogatório, que foi acompanhado por psicólogos, pelo advogado da família, Ângelo Carboni, e pela mãe da adolescente.
O depoimento da adolescente, principal testemunha do caso, durou aproximadamente 5 horas e contradiz os policiais do GATE, que alegaram ter invadido o apartamento depois de terem ouvido um disparo. Vizinhos do apartamento também declararam à Polícia Civil ter ouvido os tiros antes da invasão, em depoimentos prestado na terça-feira.
'A Nayara diz que não ouviu nenhum disparo antes da invasão. Esta é a versão dela', disse o chefe de polícia da seccional de Santo André, Luís Carlos Santos.
Redação Correio

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