O governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), defendeu ontem que PT e PMDB caminhem unidos rumo às eleições de 2010. Cabral negou que peeme-debistas pretendam lançar candidato próprio à sucessão presidencial. O peemedebista rebateu ainda as informações de que seu partido negocie mais cargos e ministérios. “Vamos [caminhar] para uma política séria e madura”, afirmou Cabral, acompanhado pelo prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e parte de sua equipe política, depois de encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. O governador desconversou sobre a possibilidade de ser candidato à Presidência da República em 2010. “Não. Imagina”, disse ele. Ao ser questionado se PT e PMDB caminharão em caminhos opostos em 2010, Cabral disse “não acreditar nisso”. Em seguida, fez uma análise política sobre os dois partidos. “É isso que o PT e o PMDB estão construindo. Acho que em 2010 PT e PMDB estarão unidos em torno do presidente Lula e de uma candidatura que una os dois partidos para presidente da República.” Segundo o governador, peemedebistas e petistas conseguiram manter “uma relação de cordialidade”, mesmo quando estiveram em palanques adversários em vários municípios. Para ele, os casos de embate devem ser tratados como exceções. “Houve sempre uma relação de muita cordialidade, pode ter tido um ou outro caso”, disse ele. Cabral criticou as negociações para que o PMDB amplie seu espaço político no governo federal, obtendo mais cargos e ministérios. Para ele, informações associadas a essas negociações não correspondem à verdade, uma vez que ele disse que existiriam acusações de que o partido é fisiologista. “Essa pecha de que o PMDB é um partido fisiológico é uma grande injustiça com o partido”, reagiu o governador, que internamente no PMDB sofre críticas de alguns parlamentares que reclamam de falta de atenção. O governador lembrou que, no passado, quando democratas e tucanos estavam no poder também tinham cargos federais. “Quando o DEM e o PSDB eram governo tinham ministérios. O PMDB tem ministérios como o PT. PV e PC do B têm. É um absurdo solicitar mais ministérios. O PMDB está muito bem representado”, afirmou ele. No entanto, ao tentar citar todos os nomes dos ministros do PMDB, Cabral esqueceu alguns deles. Apesar disso, destacou a competência de seus colegas de legenda.
“Não é caso de mais ministérios, mas fortalecer essa grande aliança". O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), negou ontem estar disposto a disputar prévias para escolha do candidato do partido para a eleição presidencial de 2010. Aécio é um dos nomes fortes do PSDB para encabeçar a chapa tucana. Mas o PSDB tem outro nome forte para a disputa de 2010: o governador de São Paulo, José Serra. “Olha, eu não estou decidido a disputar qualquer prévia. O que eu tenho a dizer é que a prévia é um instrumento à disposição do partido e que deve ser regulamentado. Se chegarmos a um entendimento no ano que vem, melhor ainda porque houve um consenso das bases do partido”, disse ele após participar de um congresso com prefeitos eleitos em Minas. No entanto, ele disse que as prévias só devem ocorrer se houver disputa. “Se chegarmos a algum entendimento, e isso é possível também, não há necessidade de prévias. Mas elas não podem ser descartadas. Acho mais, acho que elas devem ser regulamentadas internamente pelo diretório nacional do partido para que estejam à disposição do PSDB. Se houver a necessidade de ouvir as bases em razão da existência de mais de um candidato postulando a indicação do partido, o que é absolutamente legítimo. ” Ontem, o líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), defendeu que o partido lance candidatura própria em 2010 e acenou para Aécio. “Deveríamos aproveitar o momento para preparar um nome nacional. Toda vez que se avizinha eleição presidencial, ficam três ou quatro na disputa. Eu acho que tinha que preparar agora um único nome nacional”, afirmou. Raupp não descartou que Aécio Neves migre para o PMDB.
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