sábado, 7 de março de 2009

Eduardo e Ciro tratam sobre 2010


Embora o governador Eduardo Campos (PSB) se negue atualmente a falar sobre as próximas eleições de 2010, ele deverá abrir uma exceção nos próximos dias. O socialista, que comanda nacionalmente a legenda, deverá tratar do assunto com o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) que, nesta semana, posicionou sua candidatura para a Presidência da República, em 2010. "Vou me reunir com ele para falar disso. Depois comunicarei à Imprensa", revelou o governador, durante evento ontem, no Palácio do Campo das Princesas.
Ciro Gomes classificou como um "grave erro" a intenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de lançar um candidato único da base aliada (no caso, a preferência dele é pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff) para a disputa eleitoral do ano que vem. O deputado ainda afirmou que Lula não conseguiria se eleger em 2002, se houvesse ocorrido um confronto apenas entre ele e seu principal adversário daquele pleito, o atual governador de São Paulo, José Serra (PSDB). "Não seria, teria perdido sempre", atacou. Quarto candidato mais votado no primeiro turno daquele pleito, Ciro apoiou Lula no segundo, juntamente com Anthony Garotinho (PMDB), o terceiro colocado.
As críticas de Ciro Gomes foram feitas durante um seminário organizado pelo PSB para tratar da crise financeira. O ex-ministro da Integração Nacional ainda disparou contra o Banco Central, o sistema de saúde (o qual chamou de "genocídio diário") e à educação. O deputado socialista também criticou o modelo econômico, que, para ele, se resume a "usurpar o dinheiro de quem trabalha". Apesar de tudo, elogiou a ministra Dilma Rousseff.
A eventual candidatura de Ciro pode mudar os rumos das eleições de 2010, porque o PT não deverá abrir mão da disputa pelo Governo Federal. Já o deputado afirmou que o PSB "não precisa pedir permissão" ao presidente Lula para apresentar uma candidatura. Eduardo Campos terá que tratar do assunto de forma que a aliança entre os partidos não saia prejudicada. Além disso, a reeleição do governador pernambucano tem ganho forças, principalmente após o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), apontado como seu principal concorrente, ter declarado que não tem interesse na disputa.

Folha de Pernambuco

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