Pesquisa Datafolha para o Governo do Estado - divulgada na última segunda-feira - pôs na vitrine da política pernambucana o potencial embate entre o governador Eduardo Campos (PSB) e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) pelo Palácio do Campo das Princesas, em 2010. A Folha entrevistou quatro cientistas políticos que analisaram a disputa levando em consideração os pontos positivos e negativos das duas maiores forças do Estado. Em tempos de crise financeira, os estudiosos ponderam, contudo, que o cenário atual - que serviu de base para o diagnóstico - pode mudar, influenciando os rumos do processo sucessório.
Os especialistas avaliaram que Eduardo Campos larga na frente pelo fato de estar ancorado na tríade governo bem avaliado, máquina estatal nas mãos e apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas, alertam eles, Jarbas Vasconcelos, com seu recall político e força eleitoral, é perfeitamente capaz de reverter o jogo e retomar o controle do Estado para a União Por Pernambuco. Ninguém apontou favoritos.
O cientista político Túlio Velho Barreto, da Fundaj, classifica Eduardo como um nome “fortíssimo” e “natural” porque, segundo ele, há uma tendência de que os governadores bem avaliados sejam reconduzidos ao posto. “No campo político, Eduardo construiu um arco de apoios bem amplo; uma aliança que vai desde o PT ao PP, passando pelo PR. Na Assembleia, além da maioria absoluta, há dois deputados do PSDB (Raimundo Pimentel e Carlos Santana) que votam com o governo. Eduardo também acena muito para Sérgio Guerra (PSDB), na condição de ex-aliado”, ressalta.
De acordo com o estudioso, a última eleição municipal comprovou a força do governador no Estado. Dos 184 municípios, 140 são administrados por prefeitos da base governista e 44 são geridos por oposicionistas. Desses, entretanto, muitos não fazem oposição porque têm medo de perder o apoio do Palácio.
“Eduardo Campos larga na pole position. Eu costumo dizer que, se ele ficar parado só cortando fita de inauguração de obras, ele se reelege. O governador, porém, pode alçar voos nacionais e disputar a vice-presidência”, pontua o também cientista político Hely Ferreira.
Presidente do Instituto Teotônio Vilela em Pernambuco, e suplente de vereador do Recife pelo PSDB, André Régis destaca que Eduardo Campos pode ganhar mais força caso o seu plano de segurança, o Pacto Pela Vida, prospere. No entanto, explica o analista, a candidatura da ministra Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República pode atrapalhar o socialista. “Eduardo vai ter que carregar Dilma nas costas, apresentando-a ao eleitorado. Será um empecilho”, dispara.
Régis avalia, ainda, que os efeitos da crise podem provocar uma queda na popularidade de Eduardo. “A redução da receita do Estado aliada a um corte nos investimentos podem comprometer a popularidade do governador”, salienta.
Levando em conta a força política dos dois oponentes, o analista Adriano Oliveira, do Instituto Maurício de Nassau, classificou a disputa como uma “incógnita”. “Ambos têm chance. Eduardo é bem avaliado, mas, se Jarbas mantiver sua postura de oposição, ele se consolidará como candidato forte”, observa.
Os especialistas avaliaram que Eduardo Campos larga na frente pelo fato de estar ancorado na tríade governo bem avaliado, máquina estatal nas mãos e apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas, alertam eles, Jarbas Vasconcelos, com seu recall político e força eleitoral, é perfeitamente capaz de reverter o jogo e retomar o controle do Estado para a União Por Pernambuco. Ninguém apontou favoritos.
O cientista político Túlio Velho Barreto, da Fundaj, classifica Eduardo como um nome “fortíssimo” e “natural” porque, segundo ele, há uma tendência de que os governadores bem avaliados sejam reconduzidos ao posto. “No campo político, Eduardo construiu um arco de apoios bem amplo; uma aliança que vai desde o PT ao PP, passando pelo PR. Na Assembleia, além da maioria absoluta, há dois deputados do PSDB (Raimundo Pimentel e Carlos Santana) que votam com o governo. Eduardo também acena muito para Sérgio Guerra (PSDB), na condição de ex-aliado”, ressalta.
De acordo com o estudioso, a última eleição municipal comprovou a força do governador no Estado. Dos 184 municípios, 140 são administrados por prefeitos da base governista e 44 são geridos por oposicionistas. Desses, entretanto, muitos não fazem oposição porque têm medo de perder o apoio do Palácio.
“Eduardo Campos larga na pole position. Eu costumo dizer que, se ele ficar parado só cortando fita de inauguração de obras, ele se reelege. O governador, porém, pode alçar voos nacionais e disputar a vice-presidência”, pontua o também cientista político Hely Ferreira.
Presidente do Instituto Teotônio Vilela em Pernambuco, e suplente de vereador do Recife pelo PSDB, André Régis destaca que Eduardo Campos pode ganhar mais força caso o seu plano de segurança, o Pacto Pela Vida, prospere. No entanto, explica o analista, a candidatura da ministra Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República pode atrapalhar o socialista. “Eduardo vai ter que carregar Dilma nas costas, apresentando-a ao eleitorado. Será um empecilho”, dispara.
Régis avalia, ainda, que os efeitos da crise podem provocar uma queda na popularidade de Eduardo. “A redução da receita do Estado aliada a um corte nos investimentos podem comprometer a popularidade do governador”, salienta.
Levando em conta a força política dos dois oponentes, o analista Adriano Oliveira, do Instituto Maurício de Nassau, classificou a disputa como uma “incógnita”. “Ambos têm chance. Eduardo é bem avaliado, mas, se Jarbas mantiver sua postura de oposição, ele se consolidará como candidato forte”, observa.
Folha de Pernambuco
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