sábado, 21 de março de 2009

CNI/Ibope aponta queda na popularidade de Lula

Pela primeira vez desde setembro de 2007, a pesquisa CNI/Ibope registra queda na avaliação positiva do Governo Lula. Neste mês de março, a avaliação ótimo/bom ficou em 64% ante 73% no levantamento de dezembro de 2008. Já a avaliação regular do governo subiu de 20% em dezembro para 25% este mês, enquanto a avaliação ruim/péssimo subiu de 6% para 10% no mesmo período.
A aprovação à maneira como o presidente Lula administra o País também apresentou recuo de 84% em dezembro de 2008 para 78% em março. A desaprovação ao governo subiu de 14% para 19% nesse período. A nota média atribuída pela população ao governo do presidente Lula recuou de 7,8 em dezembro para 7,4 neste mês de março. A nota varia dentro de uma escala de zero a 10.
Já a confiança no presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuou de 80% em dezembro de 2008 para 74% em março. Por outro lado, subiu de 18% para 23% os entrevistados que afirmaram não confiar no presidente Lula. A pesquisa também indicou uma redução na percepção de que o atual mandato do presidente Lula está sendo melhor do que o primeiro. Caiu de 49% em dezembro para 41% este mês o número de pessoas que avaliam que o segundo mandato é melhor do que o primeiro. Os entrevistados que consideram o atual mandato pior do que o anterior subiram de 11% para 18% enquanto aqueles que consideram igual as duas gestões passaram de 39% em dezembro para 40% em março.
CRISE
O diretor de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marco Antônio Guarita, avaliou que a pesquisa mostra uma mudança de tendência, gerada pela crise financeira internacional. “A crise gerou um recuo na popularidade do presidente e na confiança da população no presidente, o que teve impacto em oito das nove áreas pesquisadas”, disse. Por outro lado, ele acredita que não houve uma variação expressiva em relação à percepção da gravidade da crise pela população em comparação ao resultado da pesquisa em dezembro.
Segundo a pesquisa, o brasileiro acredita que a solução da crise está mais distante do que se imaginava inicialmente. Reduziu de 23% em dezembro para 4% em março o número de entrevistados que acreditam no fim da crise no primeiro semestre de 2009. Por outro lado, aumentou de 13% para 25% o porcentual dos que acreditam que a crise será superada só em 2010. O número de pessoas que aposta que a crise será superada somente após 2010 subiu de 8% em dezembro para 15% em março. O porcentual daqueles que esperam o fim da crise no segundo semestre de 2009 ficou inalterado, em 28%.
A pesquisa foi realizada de 11 a 15 de março e ouviu 2 002 pessoas em 144 municípios. A margem de erro é de dois pontos porcentuais.
Folha de Pernambuco

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