O caso da menina de 9 anos, grávida de gêmeos, que teria sido estuprada pelo padrasto, teve novo
Dom José, na companhia do pai da criança grávida, diz que a lei dos homens não pode superar a lei de Deus. Foto: Juliana Leitão/DP/D.A Press |
desdobramento no fim da noite de ontem, e foi parar no Palácio dos Manguinhos. Dizendo estar preocupado com o assassinato de dois "inocentes", o arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, encontrou-se com o diretor do Imip, onde a menina estava internada, e até com o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), para tentar impedir o aborto, marcado para as 8h de ontem. Apesar da pressão da Igreja, a criança foi levada pela mãe para outra unidade de saúde ainda na noite de ontem. O Diario localizou as duas e tentou falar com a mãe no novo local de internamento, mas a mulher preferiu não se pronunciar.
Internada na enfermaria de gravidez de alto risco do Instituto Materno Infantil de Pernambuco (Imip), no Recife, desde o último sábado - para se submeter ao procedimento de aborto, previsto em lei em casos de estupro - a garota recebeu alta da unidade ontem no início da noite. Segundo informações da assessoria de imprensa do Imip, a liberação foi concedida a pedido da mãe, que responde pela guarda da criança. Ela assinou um termo de responsabilidade e saiu sem comunicar à direção hospitalar nem aos conselheiros tutelares aonde iria levar a filha, se voltaria para casa ou recorreria a outro hospital.
Enquanto a Igreja se mobilizava, entidades de defesa da mulher procuraram a direção do hospital para tentar achar uma solução rápida para o caso e realizar o aborto. "A mãe e a menina estão desesperadas. E este é um procedimento médico que não tem o que se questionar. É previsto em lei. Como o Imip estava demorando para fazer o procedimento, chegamos a essa decisão de orientar a mãe a retirá-la de lá", explicou Paula Viana, integrante da rede feminista de saúde e da ONG Curumim.
Diário de Pernambuco
Internada na enfermaria de gravidez de alto risco do Instituto Materno Infantil de Pernambuco (Imip), no Recife, desde o último sábado - para se submeter ao procedimento de aborto, previsto em lei em casos de estupro - a garota recebeu alta da unidade ontem no início da noite. Segundo informações da assessoria de imprensa do Imip, a liberação foi concedida a pedido da mãe, que responde pela guarda da criança. Ela assinou um termo de responsabilidade e saiu sem comunicar à direção hospitalar nem aos conselheiros tutelares aonde iria levar a filha, se voltaria para casa ou recorreria a outro hospital.
Enquanto a Igreja se mobilizava, entidades de defesa da mulher procuraram a direção do hospital para tentar achar uma solução rápida para o caso e realizar o aborto. "A mãe e a menina estão desesperadas. E este é um procedimento médico que não tem o que se questionar. É previsto em lei. Como o Imip estava demorando para fazer o procedimento, chegamos a essa decisão de orientar a mãe a retirá-la de lá", explicou Paula Viana, integrante da rede feminista de saúde e da ONG Curumim.
Diário de Pernambuco
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