No 34º ano de comemoração do Dia Internacional da Mulher (8 de março), tendo como ponto de partida fevereiro de 1975, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou a data, o avanço feminino nos meandros políticos tem sido significativo. A Política já foi um "santuário" inalcançável para as mulheres. A perspectiva mudou e, hoje, elas ocupam, sem cerimônia, tribunas nas câmaras municipais, na Federal, no Senado, além das cadeiras em prefeituras e governos de estado. E embora a classe não tenha ainda conquistado a igualdade, está mais perto do que longe disso, desfrutando de presença crescente nas casas legislativas. A queda da resistência histórica pode ser aferida ainda na possibilidade iminente de o Brasil ter a primeira presidente da República eleita em 2010, uma vez que mais do que bem cotada está a candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT).
O primeiro passo "de salto" dado nesse reduto historicamente masculino ficou marcado em 1932, mais especificamente, no dia 24 de fevereiro, quando, à custa de muita reivindicação e discussão, "elas" conquistaram o direito ao voto e ainda a serem eleitas para cargos no Executivo e Legislativo. Da garantia do sufrágio para cá, nomes de peso fizeram e fazem história.
Em 1934, Carlota Pereira de Queiroz assumiu como primeira deputada federal, pelo Partido Constitucionalista de São Paulo. Já em 1988, as 26 parlamentares constituintes, apoiadas por diversas frentes feministas, garantiram importantes avanços para as brasileiras na Constituição Federal. Entre eles, destaque para a garantia de igualdade a todos os brasileiros perante a lei sem qualquer tipo de distinção. Da Constituinte para cá, o esforço das sufragistas nos séculos XIX e XX tem sido progressivamente recompensado.
Dos 513 deputados da Câmara Federal, 46 são mulheres. Apesar de não estar configurada a equalização, elas têm ocupado cargos importantes. A deputada Ana Arraes (PSB), por exemplo, assumiu, na última terça-feira, a presidência da Comissão de Defesa do Consumidor, sendo a primeira mulher encarregada da função. Ela, inclusive, é a única mulher do grupo de 25 deputados e 3 senadores que representam Pernambuco em Brasília atualmente.
Na vanguarda pernambucana, ela perde colocação para Cristina Tavares que foi a primeira do Estado a se eleger parlamentar federal no século XX. "Mesmo assim sou a primeira do século XXI", brinca a socialista, que inaugurou também a presença feminina na Comissão de Reforma Tributária e foi a única da bancada das mulheres a integrar a comissão especial de 2007, que discutiu a questão da tarifa bancária.
"A sociedade brasileira é feita de homens e de mulheres. A participação deve ser igualitária no sentido de que os dois olhares vão fazer a diferença. A política é considerada por Aristóteles a maior das artes, é um instrumento de mudança e as mulheres podem contribuir muito nesse aspecto", avaliou Ana Arraes, lembrando que ficou emocionada ao não receber nenhum voto contrário na eleição para presidência da Comissão.
No Senado, a conta é até mais favorável, em porcentagem, ao sexo feminino do que na Câmara, mas, ainda assim, as mulheres estão lá, em número de 10 de um total de 81 senadores, demarcando território. Por Pernambuco, nenhuma mulher se elegeu para a função ainda.
Diferentemente do dia 8 de março de 1857, quando um grupo de operárias de uma fábrica de tecidos de Nova York (EUA) realizou uma grande greve para reivindicar melhores condições de trabalho e, como castigo, foi trancado na fábrica, posteriormente incendiada, a realidade feminina hoje pode ser considerada bem digna.
O primeiro passo "de salto" dado nesse reduto historicamente masculino ficou marcado em 1932, mais especificamente, no dia 24 de fevereiro, quando, à custa de muita reivindicação e discussão, "elas" conquistaram o direito ao voto e ainda a serem eleitas para cargos no Executivo e Legislativo. Da garantia do sufrágio para cá, nomes de peso fizeram e fazem história.
Em 1934, Carlota Pereira de Queiroz assumiu como primeira deputada federal, pelo Partido Constitucionalista de São Paulo. Já em 1988, as 26 parlamentares constituintes, apoiadas por diversas frentes feministas, garantiram importantes avanços para as brasileiras na Constituição Federal. Entre eles, destaque para a garantia de igualdade a todos os brasileiros perante a lei sem qualquer tipo de distinção. Da Constituinte para cá, o esforço das sufragistas nos séculos XIX e XX tem sido progressivamente recompensado.
Dos 513 deputados da Câmara Federal, 46 são mulheres. Apesar de não estar configurada a equalização, elas têm ocupado cargos importantes. A deputada Ana Arraes (PSB), por exemplo, assumiu, na última terça-feira, a presidência da Comissão de Defesa do Consumidor, sendo a primeira mulher encarregada da função. Ela, inclusive, é a única mulher do grupo de 25 deputados e 3 senadores que representam Pernambuco em Brasília atualmente.
Na vanguarda pernambucana, ela perde colocação para Cristina Tavares que foi a primeira do Estado a se eleger parlamentar federal no século XX. "Mesmo assim sou a primeira do século XXI", brinca a socialista, que inaugurou também a presença feminina na Comissão de Reforma Tributária e foi a única da bancada das mulheres a integrar a comissão especial de 2007, que discutiu a questão da tarifa bancária.
"A sociedade brasileira é feita de homens e de mulheres. A participação deve ser igualitária no sentido de que os dois olhares vão fazer a diferença. A política é considerada por Aristóteles a maior das artes, é um instrumento de mudança e as mulheres podem contribuir muito nesse aspecto", avaliou Ana Arraes, lembrando que ficou emocionada ao não receber nenhum voto contrário na eleição para presidência da Comissão.
No Senado, a conta é até mais favorável, em porcentagem, ao sexo feminino do que na Câmara, mas, ainda assim, as mulheres estão lá, em número de 10 de um total de 81 senadores, demarcando território. Por Pernambuco, nenhuma mulher se elegeu para a função ainda.
Diferentemente do dia 8 de março de 1857, quando um grupo de operárias de uma fábrica de tecidos de Nova York (EUA) realizou uma grande greve para reivindicar melhores condições de trabalho e, como castigo, foi trancado na fábrica, posteriormente incendiada, a realidade feminina hoje pode ser considerada bem digna.
Folha de Pernambuco
Nenhum comentário:
Postar um comentário