Minha querida Belém,
Eu não poderia deixar de escrever, e tinha que ser antes da nossa estréia. Senhora do Destino, que ainda era Dinastia quando o pessoal esteve aí, vai mostrar, na segunda-feira que vem, as cenas gravadas em Belém do São Francisco. Talvez não seja a Belém real, já que eu estive aí antes mesmo da época em que se passa a novela (sim: em 1962, durante a primeira campanha de Arraes ao governo do Estado. Eu era jornalista, e tinha menos 18 anos), mas é a que eu guardo na lembrança, como a vi quando aí cheguei, num dia muito cedo, ainda amanhecendo, mergulhada numa espécie de neblina que a tornava um repositório de sonhos.
Eu me apaixonei pela cidade na hora. E mesmo sem nunca mais voltar aí, eu nunca a esqueci como a vi naquele dia. Algumas vezes, em outros trabalhos meus, cheguei a usar essa imagem, sem , no entanto, identifica-la : em A Indomada, por exemplo, quando o personagem de José Meyer chega em Greenville em meio a uma tempestade de areia, era em Belém de São Francisco que eu pensava. Mas dessa vez eu resolvi que seria ela, com seu próprio e sonoríssimo nome , o território escolhido para iniciar a minha novela. Assim, mesmo tendo nascido em Carpina, cidade que eu também amo, eu reconheço que pelo menos na ficção , o meu território é belemita.
Espero que vocês gostem do meu trabalho, que na verdade é nosso, meu e de vocês que fizeram o possível , aí em Belém, pra que ele se concretizasse. E peço que vocês transmitam aos seus conterrâneos, em meu nome, meus sentimentos de amizade e eterna gratidão.
Um abraço do Aguinaldo Silva
Eu não poderia deixar de escrever, e tinha que ser antes da nossa estréia. Senhora do Destino, que ainda era Dinastia quando o pessoal esteve aí, vai mostrar, na segunda-feira que vem, as cenas gravadas em Belém do São Francisco. Talvez não seja a Belém real, já que eu estive aí antes mesmo da época em que se passa a novela (sim: em 1962, durante a primeira campanha de Arraes ao governo do Estado. Eu era jornalista, e tinha menos 18 anos), mas é a que eu guardo na lembrança, como a vi quando aí cheguei, num dia muito cedo, ainda amanhecendo, mergulhada numa espécie de neblina que a tornava um repositório de sonhos.
Eu me apaixonei pela cidade na hora. E mesmo sem nunca mais voltar aí, eu nunca a esqueci como a vi naquele dia. Algumas vezes, em outros trabalhos meus, cheguei a usar essa imagem, sem , no entanto, identifica-la : em A Indomada, por exemplo, quando o personagem de José Meyer chega em Greenville em meio a uma tempestade de areia, era em Belém de São Francisco que eu pensava. Mas dessa vez eu resolvi que seria ela, com seu próprio e sonoríssimo nome , o território escolhido para iniciar a minha novela. Assim, mesmo tendo nascido em Carpina, cidade que eu também amo, eu reconheço que pelo menos na ficção , o meu território é belemita.
Espero que vocês gostem do meu trabalho, que na verdade é nosso, meu e de vocês que fizeram o possível , aí em Belém, pra que ele se concretizasse. E peço que vocês transmitam aos seus conterrâneos, em meu nome, meus sentimentos de amizade e eterna gratidão.
Um abraço do Aguinaldo Silva
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