Novo exame será realizado pela Fundação Cesgranrio e Cespe |
JULIANA ARETAKIS e FOLHAPRESS |
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OPINIÕES divididas. Alguns aprovaram nova data porque terão mais tempo de estudo. Outros se dizem prejudicados
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SÃO PAULO - Após reunião realizada, ontem, entre os ministros Fernando Haddad (Educação) e Tarso Genro (Justiça), ficou decidido que a nova prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) será realizada nos dias 5 e 6 de dezembro. A prova, que deveria ter sido aplicada nos dias 3 e 4 deste mês, foi suspensa após o conteúdo das questões vazar. O Ministério da Educação (MEC) avaliava remarcar a prova nos dias 28 e 29 de novembro ou 5 e 6 de dezembro.
O novo exame será realizado por uma força tarefa formada pela Fundação Cesgranrio e pelo Cespe, ligado à UnB (Universidade de Brasília), que vão substituir o Connasel, consórcio que havia vencido a licitação para impressão, distribuição e correção do Enem. O Ministério anunciou, anteontem, o rompimento do contrato por conta do vazamento da prova. Representantes do Connasel ainda não se pronunciaram. As entidades terão o apoio dos Correios, da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal, que atuará na área de Inteligência. Reformulado neste ano, o Enem será a única forma de seleção em parte das 55 universidades federais. O exame é usado por federais também para substituir a primeira fase do vestibular, para compor a nota e nas vagas que sobrarem.
Por isso, os feras que tentam o ingresso no ensino público superior em 2010 estão passando por uma verdadeira maratona de nervos. Quase uma semana após a notícia do vazamento do Enem, os estudantes receberam ontem outra surpresa que consideram bastante desagradável. O adiamento da aplicação do exame para os dias 5 e 6 de dezembro mudou o cronograma de estudo dos feras. Quem pretendia se dedicar exclusivamente as matérias específicas da 2ª fase da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e ao vestibular da Universidade de Pernambuco (UPE), já coloca agora a revisão do Enem no quadro de assuntos. O desagravo da maioria reflete a insatisfação com os problemas que circundam a realização da prova, como o primeiro adiamento e a fragilidade para fraudes.
Folha de Pernambuco
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