quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Ciro ironiza acordo entre PT e PMDB




Socialista “não vê com preocupação” a aproximação
Pré-candidato a presidente da República pelo PSB, o deputado federal Ciro Gomes (CE) foi irônico, ontem, ao comentar o acordo entre PT e PMDB em prol da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). “Só espero que o PMDB entregue o que está prometendo. Espero também que os termos da aliança sejam confessáveis”, afirmou. Já o governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, preferiu minimizar. “Essa aliança já era esperada. Não vejo com nenhuma preocupação”, disse.

Ciro admitiu que os diversos encontros partidários realizados por Dilma nos últimos dias fortalecem a candidatura da ministra, mas afirmou que isso não o preocupa. “O PSB está ciente dessas movimentações. Nós também vamos cuidar de arrumar as nossas alianças”, disse. Mas o momento, segundo ele, não é agora, e sim ano que vem. Ciro deixou claro que ele e o PSB preferem esperar por uma definição mais exata do quadro eleitoral. Principalmente, de quem será o candidato da oposição - se o governador de São Paulo, José Serra (SP), ou de Minas Gerais, Aécio Neves (MG).

Ciro afirma que sua disposição é concorrer ao Palácio do Planalto. O fato de o PSB apoiar o governo federal, no entanto, é, segundo ele, um fato inibidor para que se movimente com mais liberdade no momento. “No ano que vem, teremos a conversa definitiva com o presidente Lula. E aí será avaliado o que é melhor: se uma campanha plebiscitária, como o presidente quer, ou com duas candidaturas do nosso campo, como nós defendemos. Se houver a decisão de uma candidatura nossa, aí estaremos liberados para procurar aliados”, afirmou.

PRESSÃO

Depois de enfrentar cobranças do DEM para definir o nome do candidato que vai disputar a Presidência da República em 2010, o PSDB também vem sofrendo pressão do grupo do PMDB pró-José Serra (PSDB). A ala serrista da sigla, espera que o PSDB defina o nome do seu candidato para tentar reverter a decisão da cúpula peemedebista de apoiar a ministra Dilma. “O que a gente tem que fazer é enfrentar essa realidade nova que o PMDB pôs em prática, combater isso e esperar que o PSDB defina a candidatura”, disse o senador Jarbas Vasconcelos. (Folha de Pernambuco)

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