sábado, 17 de outubro de 2009

HR só receberá casos graves


JULIANA ARETAKIS
Especial para a Folha
Se depender das promessas da Secretaria Estadual de Saúde (SES), a população pode esperar uma verdadeira revolução nos atendimentos públicos. As desventuras já bem conhecidas pelos que passam horas a espera de um médico depois de enfrentar corredores e recepções lotadas estão com data certa para ter fim. Até janeiro de 2010 estará em pleno funcionamento o novo modelo de atendimento do HR, com emergências Clínica e Traumatológica separadas, além de triagem de pacientes com classificação de risco, como acontece no Hospital Agamenon Magalhães. Devido a construção do novo espaço e consequente desafogamento da emergência geral, as consultas ambulatoriais serão transferidas a partir desta segunda-feira para o Hospital Geral de Areias. E após oito dias, os serviços de ortopedia também serão transferidos para a unidade. O HR receberá apenas os casos de alta complexidade e queimados.

De acordo com a SES, 80% das pessoas que estavam com consultas marcadas já foram avisadas por telefone da mudança. Para orientar a população, a secretaria produziu folders e cartazes que serão distribuídos. Durante a primeira semana, duas vans ficarão no Ambulatório do HR para facilitar o transporte de quem chegar até o local. Para mais informações, a população pode ligar para o 0800-281-0180. As equipes médicas do HR serão deslocadas para o HGA para dar todo suporte nos atendimentos.

O novo prédio onde funcionará a Emergência Clínica será construído em frente ao Ambulatório do HR, em área de 3.200m, que abrigava o estacionamento. O local contará com dois acessos: um para o ambulatório, que atenderá casos de pacientes egressos; e outro para a emergência, onde os pacientes passarão antes pela classificação de risco com as pulseiras verde, amarela e vermelha. O novo espaço vai aliviar a Emergência Geral, que hoje, dos 200 atendimentos diários, 50% são de casos clínicos. O novo projeto ainda conta com salas especiais para os acompanhantes e familiares dos pacientes. Nas obras serão investidos R$ 8 mi, sendo R$ 2 mi destinados a compras de equipamentos.

A emergência geral passará então a ser focada em traumatologia, ainda com 90 leitos. Já o novo prédio, contará com mais 80 leitos, mas, a proposta não prevê aumento dos atendimentos diários, e sim qualificação desses atendimentos, já que os pacientes passarão a contar com nova estrutura física. “Este projeto faz parte de uma redefinição da rede de saúde e será nossa maior intervenção. Hoje o HR é o simbolismo do tumulto assistencialista e agora iremos qualificar o atendimento aos pacientes, que passará a ser mais eficiente e imediato por causa da classificação”, disse o secretário.(Folha de Pernambuco)

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