Para alguns dos assistidos por programas como o Bolsa Família, o presidente Lula acaba deixando de ser apenas o chefe do Executivo para se tornar o salvador de uma situação que beira a miséria total. A dona de casa, Renilda Oliveira, 32 anos, que é moradora do município de Custódia, tem cinco filhos e recebe R$ 122 do auxílio, e como o seu companheiro não pode trabalhar por ser portador de deficiência visual, esse dinheiro é a única forma que ela possui para comprar alimento e sustentar a casa. Tanto que, toda vez que o presidente aparece na televisão, Renilda pede aos filhos que “deem a bênção ao pai deles”.
“O presidente Lula é o pai deles. É ele que mantém a nossa casa. É ele que nos ajuda a comprar comida todo mês. Primeiro, é Deus no Céu e, depois, o Lula na Terra. Se não fosse por ele, eu não poderia cuidar dos meus filhos. Teria que deixá-los sozinhos em casa para trabalhar nas cozinhas dos outros e ganhar R$ 80 por mês. Menos que o Bolsa Família. Ele nos salvou”, exaltou Renilda. A dona de casa revelou ainda que tem medo de que o próximo governante do País não dê prosseguimento às políticas assistencialistas da atual gestão. Receio que a motiva a votar no candidato, seja ele qual for, indicado pelo presidente Lula. “Eu vou votar na Dilma. Ela é a candidata de Lula, né? Se for outro, vou votar nesse. Não importa quem é. O que vale é que seja alguém da confiança de Lula e que faça por nós o que ele vem fazendo com todo amor. Ele é o pai do Brasil”, atribuiu.
Pensamento que conta com a simpatia da arrumadeira Maria de Lima Pereira, de 43 anos. Ela trabalha num hotel às margens de uma rodovia e só consegue garantir o pagamento de suas contas com a ajuda do Bolsa Família. “Eu ganho meu dinheirinho aqui (pouco menos de um salário mínimo) e só consigo quitar algumas coisas. Se não fosse o Bolsa Família não teria como comprar o restante. A feira é feita com ele. Assim que recebo vou fazer compras”, revelou.
Faxineira também segue a tese de que o presidente Lula “tem que conseguir eleger quem ele quer”. Conforme Maria, só um nome indicado pelo petista teria a “obrigação” de manter o Programa Bolsa Família. “Eu nem sei quem ele vai apoiar. E acho que só vou ficar sabendo disso na eleição. Mas tem que ser essa pessoa para o Brasil continuar com alguém que olhe de verdade para os pobres. Tem que ser um outro como Lula. Alguém que goste da gente sofrida”, afirmou.(Folha de Pernambuco)
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