O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou a oposição ao ser questionado sobre a CPI da Petrobras, chamou os senadores de “pizzaiolos”, disse que a instalação dos trabalhos da comissão foi “gesto de irresponsabilidade” e acrescentou que não está preocupado com as investigações. “Na verdade, a CPI pode ser muito interessante para quem quer fazer um Carnaval, mas, para quem quer investigar seriamente, precisa ter outros mecanismos”, declarou o presidente, em entrevista, após empossar o novo presidente da Embrapa, Pedro Arraes. Questionado sobre argumentos da oposição de que a CPI poderia acabar em pizza, temperada com o pré-sal, Lula reagiu: “Depende. Todos eles são bons pizzaiolos”.
A reação dos senadores foi imediata. Em votação secreta, rejeitaram a recondução de Bruno Pagnoccheschi como diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), um técnico especialista no setor. Bruno obteve 30 votos contra sua reeleição para a agência e 20 a favor. Instalada há dois dias, a CPI tem maioria de senadores da base governista, que foi destacada para blindar a estatal e impedir o avanço das apurações sobre eventuais desvios na Petrobras e na Agência Nacional do Petróleo (ANP). Para a oposição, a CPI é “chapa branca”.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) foi um dos primeiros a se manifestar a respeito das declarações de Lula. Ele apresentou requerimento à Mesa Diretora do Senado para que sejam pedidas explicações a Lula. “Não é possível que a gente tenha o presidente da República chamando os senadores de pizzaiolos. Os militares nos chamavam de comunistas. Era uma chamada respeitável. Eles nos respeitavam ao nos chamarem de comunistas, de esquerdistas, de subversivos. Este era um apelido respeitoso de discórdia. Agora, o presidente da República nos chamar de pizzaiolos...”, contestou Cristovam, ao observar que Lula estaria apenas tentando se somar ao que pensa a opinião pública, sem “fazer nada para ajudar o Senado”.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) foi outro que reclamou de Lula. Ele afirmou que o presidente “é o maior pizzaiolo do País”, uma vez que não puniu nenhum de seus assessores envolvidos em escândalos. “Lula não exerce o cargo de presidente com a liturgia que a função exige”, afirmou o tucano. A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) qualificou de absurdas as declarações do presidente. Para o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio Neto (AM), o presidente não pode insultar os senadores.
Nas suas declarações, Lula disse que a Petrobras é a maior empresa brasileira, de maior projeção nacional, tem ações na Bolsa de Valores e voltou a provocar a oposição dizendo que “a turma que queria privatizá-la ontem”, hoje diz que está preocupada com a empresa. E alfinetou: “enquanto a oposição grita, eu trabalho”.
Folha de Pernambuco
A reação dos senadores foi imediata. Em votação secreta, rejeitaram a recondução de Bruno Pagnoccheschi como diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), um técnico especialista no setor. Bruno obteve 30 votos contra sua reeleição para a agência e 20 a favor. Instalada há dois dias, a CPI tem maioria de senadores da base governista, que foi destacada para blindar a estatal e impedir o avanço das apurações sobre eventuais desvios na Petrobras e na Agência Nacional do Petróleo (ANP). Para a oposição, a CPI é “chapa branca”.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) foi um dos primeiros a se manifestar a respeito das declarações de Lula. Ele apresentou requerimento à Mesa Diretora do Senado para que sejam pedidas explicações a Lula. “Não é possível que a gente tenha o presidente da República chamando os senadores de pizzaiolos. Os militares nos chamavam de comunistas. Era uma chamada respeitável. Eles nos respeitavam ao nos chamarem de comunistas, de esquerdistas, de subversivos. Este era um apelido respeitoso de discórdia. Agora, o presidente da República nos chamar de pizzaiolos...”, contestou Cristovam, ao observar que Lula estaria apenas tentando se somar ao que pensa a opinião pública, sem “fazer nada para ajudar o Senado”.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) foi outro que reclamou de Lula. Ele afirmou que o presidente “é o maior pizzaiolo do País”, uma vez que não puniu nenhum de seus assessores envolvidos em escândalos. “Lula não exerce o cargo de presidente com a liturgia que a função exige”, afirmou o tucano. A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) qualificou de absurdas as declarações do presidente. Para o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio Neto (AM), o presidente não pode insultar os senadores.
Nas suas declarações, Lula disse que a Petrobras é a maior empresa brasileira, de maior projeção nacional, tem ações na Bolsa de Valores e voltou a provocar a oposição dizendo que “a turma que queria privatizá-la ontem”, hoje diz que está preocupada com a empresa. E alfinetou: “enquanto a oposição grita, eu trabalho”.
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