As duas derrotas sofridas pelo governo ontem na eleição para a Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, embora tenha preocupado, não chegam a acender a luz vermelha do Executivo com sua base aliada. Na avaliação dos governistas, incluindo aí o secretário de Relações Institucionais, Rui Costa, as derrotas de Ângelo Coronel (PR), que perdeu a primeira vice-presidência para Rogério Andrade (DEM), e de Fátima Nunes (PT), derrotada por Fernando Torres (PRTB) para a segunda vice-presidência, podem ser entendidos sim como um recado de um grupo de parlamentares insatisfeitos e que querem mais espaço no governo, principalmente no chamado "baixo clero", mas também por conta da postura dos próprios concorrentes aos dois cargos. "A imagem de Coronel, embora tenha sido uma surpresa sua derrota com tantos votos de diferença, já estava desgastada. Ele é muito ausente, não comparece às sessões. Eu mesmo não votei nele", disse um governista que integra um partido pequeno. "Já a postura radical de Fátima Nunes não agrada ninguém. E o governo fez campanha para ela, pediu voto independentemente de cara feia ou não, argumentando que o que estava em jogo era um projeto maior", acrescentou o mesmo governista. Fátima Nunes e Coronel tiveram, respectivamente, 23 e 28 votos. Muito longe dos 41 obtidos por Marcelo Nilo (PSDB) e dos 38 de Roberto Carlos (PDT), que representaram vitórias para o governo. Ou seja, a dissidência foi grande.
Bahia Notícias
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