A corrida presidencial de 2010 começa para valer, hoje, com a eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado. Quem larga na frente - com a força de grande cortejado e com o qual ninguém quer se indispor - é o PMDB, justamente o partido do senador José Sarney (AP), que disputa a presidência do Congresso com o petista Tião Viana (AC). Qualquer que seja o resultado da briga entre aliados na sucessão do Senado, quem vai ter de administrar o estrago na base governista será o Palácio do Planalto. Por isso mesmo, mais do que com a eleição, o Governo preocupa-se com o day after. Em meio à velha disputa entre o PMDB da Câmara e o PMDB do Senado, o PSDB do governador tucano de São Paulo, José Serra, ficou com Michel Temer (SP), presidente nacional dos peemedebistas e favorito na sucessão da Câmara. Mas, ao invés de apoiar o candidato do PMDB no Senado, os tucanos optaram pelo PT, fato que viabilizou a candidatura de Viana, que começou a semana passada com o rótulo de derrotado. O cenário é de pequena vantagem para Sarney.
Amigo e aliado de Sarney, além de correligionário de Viana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avisou aos dois que se manteria neutro e que não haveria compensação do governo para o eventual derrotado. Na prática, porém, Lula queixou-se do lançamento de Sarney na última hora, responsabilizou o novo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), pela briga na base e pediu aos três governadores do PT nordestino (SE, PI e BA) que ajudassem Viana.
Além de ter se lançado na disputa há quatro meses, Viana tem o apoio de um leque de sete partidos, do PSOL ao PSDB, enquanto a aliança de Sarney envolve apenas três legendas - DEM, PTB, PP, sem contar o PMDB. Apesar da certeza de ambos os lados de que a briga vai produzir mágoas, qualquer que seja o vencedor, os grupos de Sarney e Tião dedicaram-se nas últimas horas a tranquilizar o governo.
Ontem, o comando da campanha do candidato do PMDB à presidência da Câmara, Michel Temer, não escondia a satisfação com o fato de a tensão estar concentrada no Senado, onde é grande a incerteza com relação ao desempenho do ex-presidente José Sarney na votação de hoje. Os peemedebistas sequer cogitavam a possibilidade de a disputa na Câmara chegar ao segundo turno.
A semana tinha começado mal para os peemedebistas, com notícias de possíveis traições a Michel Temer por parte petistas - motivadas pela disputa no Senado. Os aliados de Temer insistiam, contudo, que o risco de traição havia diminuído bastante depois que a candidatura do petista Tião Viana ganhou novo fôlego no Senado.
Folha de Pernambuco
Amigo e aliado de Sarney, além de correligionário de Viana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avisou aos dois que se manteria neutro e que não haveria compensação do governo para o eventual derrotado. Na prática, porém, Lula queixou-se do lançamento de Sarney na última hora, responsabilizou o novo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), pela briga na base e pediu aos três governadores do PT nordestino (SE, PI e BA) que ajudassem Viana.
Além de ter se lançado na disputa há quatro meses, Viana tem o apoio de um leque de sete partidos, do PSOL ao PSDB, enquanto a aliança de Sarney envolve apenas três legendas - DEM, PTB, PP, sem contar o PMDB. Apesar da certeza de ambos os lados de que a briga vai produzir mágoas, qualquer que seja o vencedor, os grupos de Sarney e Tião dedicaram-se nas últimas horas a tranquilizar o governo.
Ontem, o comando da campanha do candidato do PMDB à presidência da Câmara, Michel Temer, não escondia a satisfação com o fato de a tensão estar concentrada no Senado, onde é grande a incerteza com relação ao desempenho do ex-presidente José Sarney na votação de hoje. Os peemedebistas sequer cogitavam a possibilidade de a disputa na Câmara chegar ao segundo turno.
A semana tinha começado mal para os peemedebistas, com notícias de possíveis traições a Michel Temer por parte petistas - motivadas pela disputa no Senado. Os aliados de Temer insistiam, contudo, que o risco de traição havia diminuído bastante depois que a candidatura do petista Tião Viana ganhou novo fôlego no Senado.
Folha de Pernambuco
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